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Rodrigo Mattos

Elenco do São Paulo tem custo de R$ 7,8 milhões mensais

rodrigomattos

25/07/2013 13h00

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_ )

Com o segundo pior aproveitamento no Brasileiro da Série A, o elenco do São Paulo tem um custo mensal de R$ 7,8 milhões. Esse valor refere-se à folha salarial na carteira de trabalho, mais o montante pago por direitos de imagens, segundo apurou o blog. Atualmente, a equipe ocupa a 16a posição na tabela, e conseguiu só 27% dos pontos.

É, no mínimo, um dos times mais caros do Brasil pelas informações cruzadas com clubes nacionais. Outros times grandes têm folhas salariais que variam entre R$ 6 e 7 milhões, embora existam alguns que ultrapassam esse patamar.

No São Paulo, não há grandes recursos para novas contratações porque a diretoria são-paulina já investiu pesado no atual grupo de jogadores. A maior parte dos R$ 100 milhões obtidos com o atacante Lucas foi usado para pagar por Paulo Henrique Ganso, quitar diversas dívidas bancárias e para outros investimentos. O clube está equilibrado financeiramente apesar da crise no futebol.

É preciso estar equilibrado porque a folha salarial são-paulina tem o valor de R$ 5,5 milhões de acordo com dados de cartolas revelados ao blog. Esse total não inclui os pagamentos por direitos de imagem.

Para obte-los, basta recorrer ao balanço financeiro do clube que registra compromissos de imagem no total de R$ 27,650 milhões a serem pagos durante o ano de 2013. Pode existir uma variação desse número durante o ano, mas essa diferença não costuma ser grande. Ou seja, isso significa que são R$ 2,3 milhões por mês. Assim, atinge-se o total de quase R$ 8 milhões por mês.

A maioria dos jogadores são-paulinos tem contratos de direitos de imagem. O clube era contrário a esse tipo de prática até o meio da década passada, mas mudou de ideia por conta dos aumentos de impostos.

Em relação ao rendimento dos jogadores contratados, a avaliação de dirigentes é de que houve um azar nas aquisições, como é o caso de Ganso que foi pago à vista. A justificativa é de que, no ano passado, ninguém diria que seria um mau negócio contrata-lo. O mesmo tipo de análise é feito em relação ao zagueiro Lúcio, que veio de graça, mas tem salário alto. Isso em um clube que sempre se gabou de gastar pouco e contratar bem.

Ainda há uma esperança dentro da diretoria de que o time comece a render, ganhe jogos e espante a crise. Mas há também críticas de alguns dirigentes e de conselheiros em relação ao diretor de futebol Adalberto Baptista. Desde o confronto com Rogério, sua situação é complicada dentro do clube.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.