Galo, campeão na bola e no imponderável, mata azar de 41 anos
Pode se encontrar diversas razões para explicar o título da Libertadores do Atlético-MG. Teve o melhor aproveitamento da competição, o maior número de gols, o artilheiro da competição, e o futebol mais reluzente. Mas fatores imponderáveis, que não podem ser analisados racionalmente, tiveram influência crucial na conquista da equipe mineira.
A verdade é que o Galo contou com o acaso a seu favor em todas as vezes que se encontrou em situações difíceis. Não deixa de ser uma ironia para um time que carregava um peso de 41 anos de azar e de falta de títulos de expressão, o último fora o Brasileiro de 1971. Também tinha em seu técnico Cuca a mesma fama de ser uma pessoa não agraciada com a sorte.
A última vez em que o jogo se virou em favor do Atlético-MG foi na final diante do Olimpia. Desta vez, o fator de virada ocorreu em uma furada de um zagueiro paraguaio que abriu as redes para Jô marcar o primeiro gol. Repetiu-se ali o momento de apagão no Independência que ajudou o time a reagir e eliminar o Newell´s Old Boys ou o pênalti defendido por Vitor contra o Tijuana.
Quebrava-se ali uma retranca paraguaia que transformou o primeiro tempo em um cenário duro e desanimador para os atleticanos. Não era o suficiente, no entanto, diante da desvantagem de dois gols construída pelo Olimpia na primeira partida. Mas o Galo jogava melhor, muito mais no coração do que na organização. A sorte ainda ajudou quando Ferreyra escorregou no contra-ataque. Seria ainda preciso, mais uma vez, que a bola entrasse no lugar certo. Foi o que ocorreu quando Leonardo Silva cabeceou para cima, fraco, para encobrir o goleiro Martín Silva.
A expulsão de Manzur botava o jogo nas mãos do Galo por 35 minutos, considerada a prorrogação. O triunfo parecia certo diante do bombardeio atleticano, diante da ausência de Salgueiro e Silva e da torcida enlouquecida. Só que o Olimpia se entrincherou em sua defesa e mostrou uma disposição incomum para se segurar, e evitou o gol decisivo.
De novo, os pênaltis. De novo, Vitor pegou. De novo, o acaso esteve em favor do Galo já que o árbitro Wilmar Roldán não marcou uma antecipação clara do goleiro. A tão temida arbitragem, que não marcara uma penalidade para os atleticanos no tempo normal, ajudou o time brasileiro no final. Ai, restou acertar o pé em suas cobranças, esperar o erro paraguaio e acabar com o azar de 41 anos com o inédito título continental.
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