Acabou a ilusão: Brasil tem time, mas não é um timaço
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Antes da Copa das Confederações, a seleção era tratada quase como um time de várzea, sem possibilidades de aspiração ao título da Copa-2014. Após a competição, com o triunfo sobre a Espanha, passou a ser considerada favorita à conquista do Mundo. A verdade não parece estar nem tanto ao sul, nem tanto ao norte como se demostrou no amistoso diante da Suíça.
É certo que a partida confirmou que o técnico Luis Felipe Scolari achou um time durante o torneio no Brasil. Essa formação tem um jeito de jogar definido, e eficaz em determinadas situações. Mas, em circunstâncias desfavoráveis, a equipe tem dificuldade de se impor e é dominada por adversários.
Foi o caso da derrota para os suíços que tirou a invencibilidade de 11 jogos com o técnico Luiz Felipe Scolari. Com uma equipe bem montada, e jogadores bons em vários setores, os donos da casa foram superiores aos brasileiros na maior parte do tempo.
Ao final, os suíços tiveram o dobro de finalizações, 16 contra 8. Isso apesar de o Brasil ter mais posse de bola, com 371 passes, contra 320. De uma certa forma, a Suíça fez com a seleção o que a formação brasileira tinha feito à Espanha. Ou seja, desta vez, foram os europeus que tiveram menos a bola, mas foram mais agressivos no ataque.
Até que a seleção envolveu a Suíça no início do jogo com triangulações de Oscar, Neymar e Hulk. Mas não conseguia as conclusões incisivas dos meias suíços, principalmente Shaquiri. Jefferson teve bem mais trabalho do que Benaglio.
Digno de nota no primeiro tempo só o típico nhenhenhém de jogadores brasileiros. Armaram uma confusão com uma entrada de Neymar sobre Lichsteiner, e depois ficaram reclamando de um pênalti duvidoso sobre o atacante por causa de um suposto agarrão de um suíço. Isso levou a torcida a vaiar o atacante brasileiro até o final do jogo, visto que os europeus são bem menos tolerantes com esse tipo de atitude em campo.
A seleção voltou pior para o segundo tempo, e ainda viu Daniel Alves dar azar na testada em que fez o gol suíço. Pior foi a falta de conclusões a gol na maior parte do tempo depois do intervalo. Um time bem menos incisivo do que o trator que passou por cima da Espanha no Maracanã.
Houve desculpas dos brasileiros sobre desgaste físico por conta da pré-temporada, mas a Suíça também tem jogadores que voltaram de férias recentemente. Talvez, a principal diferença em relação à Copa das Confederações seja a ausência do fator casa em que o time brasileiros contava com o apoio de torcedores.
De saldo final, o Brasil está longe de ser o timaço, favorito, pintado pelos otimistas em junho. É um bom time, que pode se aprimorar, e que vai ter de se esforçar bastante para ganhar a Copa no próximo ano.
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