Estádio do Corinthians já tem valor de R$ 693 milhões
( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_ )
Local da abertura da Copa-2014 e nova casa corintiana, o Itaquerão já vale cerca de R$ 693 milhões segundo o último relatório do fundo que o controla. Esse montante representa o total investido na construção da arena até o final de junho, montante que é atualizado mês a mês. A previsão final é de que o custo dele seja R$ 820 milhões.
O estádio da estreia do Mundial pertence ao Arena Fundo de Investimento Imobiliário FII, registrado na CVM (Comitssão de Valores Mobiliário), que regula o mercado de ações, fundos e empresas abertas. Os sócios quotistas desse fundo serão, diretamente ou indiretamente, o BNDES ou a Caixa Econômica, a Odebrecht e o Corinthians, que já tem cotas. O administrador é a BRL Trust, que enfrenta processos judiciais como mostrado no blog.
Mensalmente, é feito um relatório da situação do Arena Fundo. No último, de junho, o item "imóveis para renda em construção" registra o valor de R$ 692,8 milhões. Como tem como único fim a construção do estádio, o fundo só tem mais um capital em dinheiro de R$ 1,6 milhão no seu ativo. Ainda registra dívida de R$ 260 milhões referentes a empréstimos feitos para a construção.
Para se ter uma ideia do tamanho do negócio, o Itaquerão já vale mais do que o triplo de todos os imóveis que o Corinthians contabilizou em seu balanço de 2012. O principal desses bens é o Parque São Jorge, que, aliás, foi dado como garantia para a obtenção do empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Um negócio tão vultoso também envolve despesas altas para a sua manutenção. Em 2012, foi gasto R$ 1,8 milhões só para gerir as empresas do Itaquerão. Advogados consumiram R$ 244 mil, consultorias imobiliárias, R$ 312 mil, e os administradores do fundo, a BRL Trust, levaram R$ 870 mil.
Até agora esses custos têm sido pagos pelo dinheiro dos empréstimos tomados indiretamente pela Odebrecht. Mas, no futuro, esse valores terão de ser cobertos pelo empréstimo do BNDES e posteriormente com as rendas do estádio corintiano.
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