Com alto custo, sistema para barrar brigão está parado há 18 meses
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Um sistema eletrônico para impedir a entrada de torcedores envolvidos em briga em estádios em São Paulo está parado em estudo há pelo menos 18 meses. Isso porque sua implantação é considerada de alto custo pela Federação Paulista de Futebol.
Desde março de 2012, a entidade começou a testar um sistema de identificação facial para torcedores em estádios na capital. É composto por câmeras nos acessos das arenas que poderiam encontrar brigões impedidos de frequentar as arenas por terem se envolvido em confusão, entre outras funções. Os primeiros testes ocorreram em março de 2012.
Agora, após a briga entre corintianos e vascaíno com a presença de ex-presos em Oruro acusados da morte do boliviano Kevin Espada, a federação estuda novamente implantar os equipamentos em um projeto-piloto no Pacaembu. Mas a questão do custo é um empecilho.
"Temos conversado sobre o reconhecimento facial com empresas. Acreditamos que garantiria quase 100% que não entrariam no estádio", afirmou o diretor de arbitragem da FPF, Marcos Marinho, que também cuida das questões de segurança e teria novo encontro sobre o tema nesta segunda-feira. "É caro. O presidente [Marco Polo Del Nero] me pediu para avaliar. Então, vamos avaliar e depois ver se apresentam recursos."
A ideia é que haveria câmeras de acesso em todos os acessos do Pacaembu. Em uma sala, com fotos dos torcedores brigões, funcionários da empresa poderiam identificar os impedidos de entrar no estádio.
Atualmente, são cerca de 140 torcedores na lista de barrados da federação. A relação fica afixada nas portas dos estádios, mas não é conferida por quem olha as carteirinhas dos organizados na entrada. Dificilmente um torcedor será pego e barrado, tanto que o programa "Fantástico" mostrou que um deles até desconhecia a punição. Só há um veto se, por um acaso, houver uma foto sua com policiais militares ou se esses o reconhecerem.
Se o sistema funcionar no Pacaembu, a FPF queria expandir seu uso em jogos de alto risco no Estado e haveria a possibilidade de estendê-lo para o Brasil já que Del Nero é vice-presidente da CBF. Mas, antes disso, a ideia tem que sair do papel e dos testes, emperrada que está no preço. A partir daí, Marinho fala em estudar se os clubes poderiam assumir esses custos dos equipamentos.
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