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Rodrigo Mattos

Candidatas propõem Olimpíada por até um terço do preço de Rio-2016

rodrigomattos

06/09/2013 06h00

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_ )

Entre as três propostas apresentadas ao COI (Comitê Olímpico Internacional) para a Olimpíada 2020, duas candidatas, Madrid e Tóquio, têm planos bem mais baratos do que o previsto no dossiê do Rio-2016 para realizar os Jogos. Istambul tem um projeto mais caro do que o brasileiro. A escolha ocorrerá em Buenos Aires, neste sábado.

Ressalte-se que o plano carioca ainda vai passar por uma revisão e terá orçamento definitivo que ainda está em elaboração. O mesmo ocorrerá com a vencedora entre as candidatas, cujos projetos estão exatamente na fase de dossiê em que estava o Rio de Janeiro quando era postulante.

Pelo que foi apresentado na candidatura, a cidade brasileira prevê gastar US$ 14,4 bilhões, usando como referência 2008. Ou seja, certamente haverá uma revisão para o alto já que houve inflação no período. Desse total,  US$ 11,6 bilhões são para construções de infraestrutura e sedes esportivas, enquanto o restante é para o Comitê Rio-2016 realizar o evento.

Cinco anos depois, Madri propôs um investimento total de US$ 5,036 bilhões incluindo o orçamento do comitê organizador, e as obras de infraestrutura e se instalações esportivas. Explica-se: a cidade espanhola diz contar com a maior parte da estrutura necessária para transporte e segurança para realização dos Jogos. Mas, mesmo o orçamento do comitê organizador, é pouco superior ao do Rio, cinco anos depois.

Tóquio tem uma realidade de candidatura parecida com a da cidade europeia. Seu orçamento total é de US$ 7,8 bilhões. E, de novo, o investimento em infraestrutura é mínimo, já que a cidade conta com o necessário para transporte, segurança, entre outros itens.  No caso das duas cidades, a maior parte das despesas fora do comitê organizador é para a construção da Vila Olímpica.

Já Istambul apresentou uma candidatura mais cara do que a carioca, com um total de US$ 19,7 bilhões. Assim como no caso do Rio, a maior parte do investimento é em infraestrutura de transporte, eletricidade, segurança e sedes esportivas entre outros itens. Para se ter uma ideia, 70% das instalações esportivas terão de ser construídas para os Jogos.

No caso do Rio, o percentual de sedes prontas era bem mais baixo porque havia sedes herdadas do Pan-2007. Em comparação com a cidade brasileira, Istambul propõe um orçamento para o comitê organizador menor do que o carioca, com US$ 2,9 bilhões. Ressalte-se: cinco anos depois da apresentação do plano carioca.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.