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Rodrigo Mattos

Fla e Botafogo decepcionam e se igualam em clássico bipolar

rodrigomattos

25/09/2013 23h44

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_ )

Mano Menezes deixou o Flamengo na semana passada após ver seu time tomar uma virada depois de abrir dois gols de vantagem em menos de 10min. Em sua boa campanha no Brasileiro, o Botafogo tem se caracterizado por vitórias improváveis e tropeços surpreendentes. O clássico entre as duas equipes no Nacional também foi caracterizado por essa variação de humor, com um time dono de cada tempo.

Não foi diferente na primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil. A primeira etapa foi rubro-negra e poderia ter gerado um placar elástico em favor da equipe. Após o intervalo, o jogo se tornou alvinegro, embora com uma superioridade apenas por 30min e bem menos incisiva. Neste clássico bipolar, o empate era o resultado mais provável.

Efetivado antes do jogo, o técnico Jayme de Almeida optou por um Flamengo mais bem postado na marcação e com saídas rápidas quando roubava a bola. Não havia um armador de fato. Amaral, Luis Antônio e André Santos roubavam a bola para soltá-la rápida para Paulinho e Carlos Eduardo, em geral, nas pontas dos campos.

Deu certo. O Botafogo se via preso à marcação rubro-negra e desnorteado com a movimentação dos homens de frente rivais. Foi em uma dessas jogadas pelas laterais que saiu o gol. Carlos Eduardo cruzou da esquerda, Paulinho deu belo voleio para o meio e André Santos fez o gol de cabeça.

Poderiam ter saído outros gols do time da Gávea, principalmente em chute de Carlos Eduardo na área que Jeffeson salvou com um tapa miraculoso. Uma defesa de goleiro de seleção.

Como ocorrera contra o Atlético-PR, o Flamengo não matou o jogo e voltou pior para o segundo tempo. O Botafogo passou a achar espaços na agora frouxa marcação rubro-negra. É verdade que parecia faltar velocidade ao time alvinegro para envolver o adversário.

Mas uma troca de passes bem feita deixou Edílson com espaço dentro da área. Quando André Santos e Samir tentaram fechar o chute, ele desviou para o zagueiro e entrou para o empate.

A partir dos 30min, o jogo se tornou morno e igual. Considerados os 90 minutos, o clássico, diga-se, teve um ritmo bem mais lento e sem emoção do que se esperava. Até por conta de um decepcionante público de pouco menos de 30 mil pagantes. Será em outubro que o caráter bipolar das duas equipes será testado novamente.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.