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Rodrigo Mattos

Rússia corta gastos de estádios e de estrutura da Copa-2018

rodrigomattos

21/10/2013 16h53

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos)

Após anunciar a Copa mais cara da história, a Rússia tem cortado despesas das construções para o evento, principalmente em estádios. Ressalte-se que essa contenção ocorre após o orçamento do Mundial dobrar depois de a candidatura do país sair vitoriosa.

Inicialmente, os russos previam gastar US$ 10 bilhões (R$ 21,6 bilhões) com o evento, valor que saltou para US$ 20 bilhões (R$ 43 bilhões). Assim, o custo da competição russa ficou maior do que o da Copa-2014 no Brasil, que está em R$ 28 bilhões até agora. Ambos os países farão o evento com 12 sedes.

Mas a Rússia começou a rever seus projetos. Neste mês, o Ministério da Economia e Desenvolvimento anunciou projeto para cortar R$ 115 milhões de despesas de cada um de uma lista de sete estádios. Assim, as arenas teriam o seu custo máximo reduzido para R$ 844 milhões.

Para obter a economia, está prevista a exclusão de salas comerciais que fariam parte da exploração comercial posterior dos locais. Isso gerou críticas dentro do governo russo.

Em agosto, houve uma redução na capacidade da sede da final do Mundial: o Estádio Luzhniki, em Moscou. Agora, ele abrigará 81 mil pessoas, oito mil a menos do que a previsão inicial, e não precisará ser demolido. A Fifa aprovou.

Além disso, o governo federal russo baixou uma decisão de que não contribuirá para nenhum dos projetos de transporte internos das cidades-sedes. Só dará dinheiro para as reformas dos aeroportos e das vias que dão acesso aos estádios, além das próprias arenas.

Em comparação, o Brasil tinha uma previsão inicial de uma Copa mais barata e com mais projetos de infraestrutura. Mas, a cada revisão da matriz de responsabilidades, há aumento dos valores delas e cortes de obras de transportes internos que não ficarão prontas e seriam o principal legado da competição.

Ressalte-se ainda que o evento brasileiro sairá bem mais caro do que o realizado na África do Sul, que girava em torno de R$ 8 bilhões. Esse valor, no entanto, envolvia menos sedes, nove, e excluía gastos com aeroportos.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.