CBF tem chance quase nula de barrar Diego Costa na Espanha
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A possibilidade de a CBF impedir Diego Costa de atuar pela Espanha é quase nula. Especialistas em direito esportivo internacional ouvidos pelo blog deixaram claro que dificilmente será aceita a tese da entidade defendida na Fifa contra a mudança de time dele. Apesar de a comissão técnica ter desconvocado o atleta, o presidente da confederação, José Maria Marin, quer uma briga até o fim para barra-lo no rival.
As regras da Fifa são claras ao determinar que há duas prerrogativas para um jogador trocar de seleção. Primeiro, tem que possuir a cidadania do novo país, o que Diego Costa já obteve por morar há seis anos na Espanha. Segundo, não pode ter atuado em jogos de competição adultos por outro time nacional.
O atacante do Atlético de Madrid atende esses dois pré-requisitos, na opinião de dois advogados especializados em direito esportivo internacional ouvidos pelo blog. Um terceiro adotou posição neutra.
Mas a CBF enviou uma carta para a Fifa alegando que o atleta atuou pela seleção brasileira nos amistosos contra a Rússia e a Itália, em março. No documento, a entidade afirma que tratam-se de jogos oficiais porque disputados em datas da federação internacional. E ainda argumenta que os confrontos somaram pontos para o ranking da Copa.
Com isso, a confederação tenta igualar amistosos a partidas em competições oficiais, o que impediria Diego Costa de mudar de seleção e atuar pela Espanha. Há ainda a argumentação de que o Brasil não disputa eliminatórias do Mundial por ser o país-sede, por isso, os amistosos valeriam como jogos oficiais.
Só que todos os três advogados ouvidos afirmam que a regra da Fifa é clara ao diferenciar as partidas em competições das outras oficiais em que dois times se enfrentam, ou seja, os amistosos.
Dois dos advogados disseram não ver nenhum modo de a CBF conseguir barrar Diego Costa. Um terceiro afirmou que a tese da confederação era defensável, mas também não mostrou muito otimismo com uma vitória.
Para barrar o jogador no rival, a confederação terá de recorrer o Comitê de Disputa da Fifa para jogadores. A segunda instância será o tribunal esportivo internacional, o CAS.
Até agora, a Fifa não quis se pronunciar sobre a disputa porque o jogador ainda não tinha manifestado sua opinião, o que ocorreu nesta terça-feira em que ele manifestou preferência pela Espanha. Caso Marin não desista de sua briga na federação internacional, é muito provável que sofra mais uma derrota para os espanhóis, desta vez, no campo jurídico.
O blog tentou falar com o diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, mas seu celular estava desligado.
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