Com voo fretado, São Paulo paga para jogar Sul-Americana
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A obsessão do São Paulo com a Libertadores faz a diretoria não medir esforços para atingir o título da Sul-Americana. Tanto que os dirigentes optaram por gastar US$ 180 mi (R$ 400 mil) para fretar o avião que levou os jogadores à Colômbia para a partida que classificou o time às semifinais da competição.
Esse valor, que é o normal praticado pelo mercado, é maior do que a cota a que os times têm direito por passar de fase na Sul-Americana, que gira em torno de US$ 150 mil (R$ 342 mil). A renda no jogo de ida no Morumbi foi R$ 572 mil, mas ainda houve descontos que em geral giram em torno de R$ 150 mil.
Somadas outras despesas, logísticas e com os salários dos atletas, dirigentes são-paulinos avaliam que estão pagando para jogar a competição. Só rendas consideráveis nas semifinais e finais mudarão esse cenário de prejuízo.
A diretoria do São Paulo, no entanto, avalia que as competições sul-americanas são deficitárias mesmo, mas que é preciso investir para ter ganhos intangíveis, como patrocínio e bilheterias maiores no próximo ano. Alguns dirigentes são-paulinos entendem que até para contratar jogadores é mais fácil se a equipe estiver no principal evento do continente em 2014, embora essa opinião não seja consenso.
Fato é que, mesmo quando o São Paulo ainda passava apuros no Brasileiro, o presidente Juvenal Juvêncio já tinha pedido ao técnico Muricy Ramalho que escalasse a força máxima para a partida das oitavas-de-final, diante do Universidad Catolica. Na ocasião, o treinador era contrário a ideia. Mas Juvenal lhe explicou a importância do torneio para o clube.
Por isso que dirigentes são-paulinos têm feito esforços financeiros para dar condição melhor aos jogadores. Ao decidir pelo voo fretado, o departamento de futebol entendeu que haveria um desgaste muito grande, com voos quebrados, para chegar até Medellín, o que prejudicaria o desempenho até no Brasileiro.
Esse voo gerou críticas da oposição que questionou a presença de conselheiros dentro do avião. A acusação é de que Juvenal bancou a viagem de membros do Conselho para obter apoio na eleição de abril para presidente do clube. O dirigente argumentou que não foi grande o número de conselheiros no avião e disse que não houve diferença no total gasto.
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