BNDES libera dinheiro até 2014 e salva ano do Corinthians
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A negociação do empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ao Itaquerão se arrasta sem desfecho, mas não há uma data-limite para o dinheiro. Dentro do banco, há a informação de que o dinheiro pode sair mesmo com o estádio com as obras concluídas. A previsão do final da construção é em 5 de janeiro de 2014.
Criada para os estádios da Copa-2014, a linha de financiamento Pro-Copa Arenas tem previsão de desembolso de R$ 400 milhões por unidade com prazo até dezembro de 2012. Mas, no final do ano passado, esse data foi estendida até o final de 2013.
De todos os estádios, só faltou fechar a operação com as empresas gestoras da arena da abertura do Mundial que têm como um dos sócios o Corinthians. O imbróglio está na negociação com a Caixa Econômica Federal, que atuará como intermediária do empréstimo. A diretoria corintiana defende que são apenas questões burocráticas impedem a assinatura do contrato de empréstimo.
Mas já há mais de um ano e meio que isso está travado. A esperança dos responsáveis do clube pela obra é de que, enfim, o negócio saia em novembro e o dinheiro do banco público passe a ser desembolsado. Eles acreditam nessa possibilidade.
Até porque há uma preocupação do Corinthians porque, quanto mais demora a sair o financiamento, mais aumenta a conta de juros com bancos privados e com a Odebrecht. O custo da arena para o clube já atinge R$ 600 milhões.
A questão é que, por diversas vezes, os dirigentes corintianos demonstraram fé na proximidade da conclusão do negócio, e esta não aconteceu. Se houver novo atraso, o clube poderia ficar com uma dívida privada de mais de R$ 800 milhões para pagar caso o empréstimo não vingasse.
Acompanhando a operação, o BNDES, no entanto, não vê impedimento para esta ser fechada apenas em 2014. O argumento é de que o banco público já financiou outros projetos que estavam concluídos.
Assim, é estabelecido um cronograma de desembolso de dinheiro, que seria usado para pagar o valor já investido pela Odebrecht e de verba de bancos. Esse montante está em cerca de R$ 700 milhões, mas deve fechar em pouco mais de R$ 859 milhões, total previsto da obra.
O blog consultou um advogado de direito administrativo (especializado em assuntos de Estado) que a princípio não viu irregularidade na operação. A explicação é de que, se está entre as práticas rotineiras do banco, o procedimento pode ser utilizado já que não fere nenhuma lei.
Isso só aconteceria se houvesse um tratamento diferenciado para o tomador do empréstimo sem justificativa. O financiamento ao Itaquerão já é uma exceção por ser um projeto nacional para a abertura da Copa-2014.
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