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Rodrigo Mattos

Times mistos vão mal e influenciam tabela do Brasileiro

rodrigomattos

25/11/2013 06h00

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_ )

O final de semana foi dominado pela polêmica em relação às declarações de Júlio Baptista no jogo entre Vasco e Cruzeiro. Se é impossível saber qual sua intenção ao pedir mais um gol ao vascaíno Cris, é certo que times mistos como o cruzeirense neste sábado têm ido mal e influenciado a tabela do Brasileiro, tanto na briga contra o rebaixamento quanto na luta pela Libertadores.

Um levantamento do blog mostra que equipes com formações inteiramente ou parcialmente reservas obtiveram 37,5% dos pontos em pelos menos oito jogos disputados – foram considerados pelo menos cinco atletas principais fora. Pior, sempre estavam atuando contra times que estavam disputando algo no Nacional. Entre os que usaram formações mistas estavam Flamengo, Atlético-PR, São Paulo, Cruzeiro e Goiás.

De olho na Copa do Brasil, o time rubro-negro carioca foi o que poupou seus atletas em mais jogos. Foram três partidas diante de Grêmio, Fluminense e Goiás. Teve uma vitória, um empate e uma derrota.

Com uma equipe inteira de reservas, perdeu dos gremistas e os favoreceu na briga pela Libertadores, assim como empatou com o Goiás, em casa, com um a mais. Ganhou o clássico do rival tricolor.

Já o Cruzeiro se utilizou de times mistos em duas ocasiões, após confirmar o título Nacional. Perdeu do Vasco e empatou com a Ponte Preta em casa. Um desempenho bem inferior a sua média, com um sexto dos pontos obtidos.

Por conta da Copa Sul-Americana, o São Paulo foi com um time de reservas ao Rio o que ajudou na vitória do Fluminense, desesperado para fugir do rebaixamento. De olho na Copa do Brasil, o Atlético-PR também poupou atletas contra o Bahia, e empatou fora de casa.

No único resultado que quase não teve efeito na tabela, o Goiás usou reservas contra o Náutico, por conta de jogo pela Copa do Brasil. Ganhou a partida, mas, neste momento, o time pernambucano já estava virtualmente rebaixado.

Claro que todas as estratégias de poupar atletas foram justificadas por competições importante que esses times disputavam em paralelo ao Brasileiro. Mas é fato que tiveram influência na tabela, e possivelmente nos nomes de rebaixados e classificados à principal competição sul-americana ao final do Nacional.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.