Maioria dos clubes gasta valor irrisório com segurança de jogos
( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_)
A maioria dos clubes brasileiros gasta valores insignificantes com segurança em seus jogos da elite do futebol nacional. Quase todos deixam a responsabilidade só para a polícia militar, a quem remuneram mal. Há duas exceções: os times que jogam no Maracanã, onde há um grande quadro de homens próprios, e o Coritiba.
É o que mostra um levantamento feito pelo blog nos borderôs dos jogos após a briga generalizada entre Atlético-PR e Vasco, no Brasileiro, na qual o time paranaense teve custo de R$ 16 mil para proteção dos público. Foram analisados 22 relatórios financeiros de partidas do Brasileiro da Série A. Os valores encontrados variam de R$ 1 mil a R$ 20 mil, consideradas segurança particular ou taxas para a Polícia Militar.
Em São Paulo, por exemplo, a única despesa registrada com segurança no borderô é da taxa devida à PM. No jogo entre São Paulo e Corinthians, em que houve pancadaria no Morumbi, o clube mandante deu R$ 9.355,71 para a polícia. Não há outro gasto desse item descrito no relatório. A renda total beirou os R$ 600 mil.
"É feito um cálculo de uma UFESP, que hoje está em R$ 19,00, para cada policial. Quando fazemos a reunião para o plano de segurança, decidimos quantos policiais serão usados e o clube deposita para o Estado", afirmou o major Alexandre Gasparian, do policiamento especializado de estádios. Não há seguranças privados atuando em conjunto com a PM, segundo ele.
Assim, o Corinthians, por exemplo, gastou R$ 4,629,43 com policiamento para a partida contra o Vasco, que era considerada de alta periculosidade. Na Bahia, é feito um cálculo de cerca de R$ 8,00 por policial, com as contribuições para o polícia não ultrapassando R$ 10.000 por jogo. Em Goiás, um jogo entre o time local e Ponte Preta registrava gasto de R$ 1.720,00 com "lanche para PM".
A situação é bem diferente no Coritiba, justamente o rival do Atlético-PR que economizou nas despesas. O alviverde paranaense gasta entre R$ 40 mil e R$ 80 mil por jogo com seguranças privados, que se aliam à PM na proteção dos torcedores.
"Chegamos a ter 400 homens entre seguranças privados e forças públicas dentro do estádio. Eles não podem atuar armados, mas fazem cordão de isolamento e a PM atua", explicou o presidente do Coritiba, Vilson Andrade, que decidiu instalar o sistema após a invasão da torcida que atacou os jogadores no campo após o rebaixamento de 2009.
Administrado pela Odebrecht, o sistema do Maracanã é ainda mais robusto no número total de pessoas encarregadas de proteger o estádio. No jogo entre Flamengo e Atlético-PR, final da Copa do Brasil, com 70 mil pessoas, foram postos 800 seguranças privados, somados a cerca de 600 policiais.
Registre-se que houve uma invasão de torcedores neste jogo, embora não tenha sido de grandes proporções. Mas, em 52 jogos, não houve nenhuma briga significativa que se alastrassem no estádio desde a reabertura após a Copa das Confederações.
A Odebrecht não soube precisar o gasto com segurança. Mas a despesa operacional do estádio atinge R$ 300 mil em jogos grandes, uma parte disso com proteção do público.
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