Campeão, handebol pede a atletas seleção permanente em 2016

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O título mundial da seleção feminina levou a CBH (Confederação Brasileira de Handebol) a reforçar o plano de ter um time permanente nas vésperas da Olimpíada Rio-2016. As jogadoras já foram avisadas sobre essa estratégia e patrocinadores e o governo federal já acenam com recursos para bancar o time por seis meses.

Atualmente, boa parte das atletas brasileira atua no time austríaco do Hypo, onde formam uma base da equipe nacional. O Ministério do Esporte, Banco do Brasil e Correios já dão forte apoio financeiro ao handebol, que tem orçamento em torno de R$ 20 milhões anuais. Mas, para garantir uma medalha no Rio-2016, a confederação projeta um aumento de recursos no ano olímpico.

"Pretendemos criar esse time Brasil com as atletas treinando seis meses aqui. Após a conquista, fizemos uma reunião com as jogadoras para pedir que elas fiquem de olho em suas renovações e levem isso em consideração. Está sendo conversado há algum tempo", contou Manoel Oliveira, presidente da CBH, ao blog.

Ou seja, a ideia seria que elas fizessem contratos até o final de 2015 e depois voltassem ao Brasil por seis meses. São necessários mais recursos porque as atletas já têm bons salários no handebol europeu, onde os valores pagos a jogadores são significativos.

"Os parceiros já estão sensíveis a esse projeto", completou Oliveira. Haverá uma reunião entre Ministério do Esporte, patrocinadores e a confederação no início do ano para traçar o plano do restante do ciclo olímpico. Como esporte coletivo, o handebol não pode ser incluído no bolsa pódio, que paga salário aos atletas.

Outra discussão será em relação à manutenção das atletas no Hypo, onde parte dos salários é pago pela confederação. O técnico da seleção feminina, Morten Soubak, foi orientado a procurar opções no seu país Dinamarca. E há uma possibilidade de transferência das atletas brasileiras de time após julho quando acaba o contrato.

Certo é que, com a vitória, o planejamento do handebol ganhou gás e agora o foco se volta para a Olimpíada, embora ainda exista outro Mundial em 2015.