Parque Olímpico Rio-2016 repete Londres e cresce gasto em 12%
( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_)
Ao terminar as licitações do Parque Olímpico para os Jogos-2016, a prefeitura do Rio de Janeiro repetiu o modelo com privilégio às instalações provisórias e ainda assim ultrapassou o orçamento previsto no dossiê de candidatura da cidade em 12%. Lembre-se que esses são os primeiros valores das concorrências e as obras sempre podem sofrer acréscimos e aditivos durante sua execução, o que ocorreu em quase todos os projetos da Copa-2014 e do Pan-2007.
Fora o que será executado por PPP (Parceria Público Privada), foram feitas licitações para quatro sedes esportivas na Barra da Tijuca: Velódromo, Centro Aquático, Centro de Tênis e Handebol. No total, está previsto um gasto de R$ R$ 666,7 milhões para a construção e operação dessas instalações. Pelo dossiê de candidatura de 2008, havia um valor de R$ 595 milhões, consideradas obras temporárias e permanentes corrigidas até hoje pelo INCC (índice de inflação para construção civil).
Houve, porém, alteração na natureza das instalações. Um exemplo é o fato de que que a Arena Handebol, inicialmente, seria permanente e agora será temporária e desmontada para se transformar em escolas – a montagem das escolas não foi incluída na conta do blog. O Parque Aquático também seria em parte permanente e em parte provisório, e agora terá inteiramente temporário. O velódromo continuou a ser permanente, mas passou a ser um novo, não um reformado.
Assim, repete-se estratégia do Parque Olímpico de Londres-2012 em que a maioria das estruturas era temporária, e foi desmontada ao final do processo. No caso brasileiro, houve um aumento de recursos no orçamento ainda nesta fase de licitação. Londres teve estouro de orçamento durante as obras.
No Parque Olímpico do Rio-2016, o dinheiro será integralmente bancado pelo governo federal que repassará os recursos para a empresa olímpica executar as obras.
Para a prefeitura e para o Ministério do Esporte, o crescimento no orçamento das instalações é menor e representa apenas 5% considerado o valor corrigido pelo INCC. Isso se explica porque os organismos públicos excluem de sua conta os itens de operação das instalações, antes, durante e depois dos Jogos por alguns meses. Mas esses valores estão licitados e não estavam previstos no dossiê de candidatura.
"Esse custo de desmontagem e remontagem não pode ser confundido com a construção da estrutura esportiva para as competições olímpicas, assim como os custos de manutenção das instalações diferem dos custos de construção dessas instalações. São itens diferentes que não podem ser comparados com o que foi previsto no dossiê", defendeu a assessoria do Ministério do Esporte.
Fora isso, os governos alegam que houve mudanças nos projetos, novas leis e uma certificação ambiental que alteraram os preços inicial. "É importante ressaltar que o escopo das instalações esportivas previstas no Dossiê ter sofrido diversas alterações desde 2009. Foram incluídos, por exemplo, o sistema de ar condicionado do velódromo e requisitos de acessibilidade, segurança e sustentabilidade que foram ampliados e se tornaram mais rígidos", afirmou a assessoria da empresa olímpica.
O orçamento integral da Rio-2016 está atrasado e deve ficar pronto ainda em janeiro deste ano, segundo a promessa dos organizadores do evento.
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