CBF ataca anúncios piratas com seleção até de parceiro da Copa
( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_)
A pouco tempo do Mundial, a CBF verificou um recorde de anúncios de empresas que supostamente estabelecem relação com a seleção brasileira sem que sejam patrocinadores. Por isso, lançou uma ofensiva para tentar evitar o marketing emboscada. Esbarrou até no patrocinador da Copa-2014 e da Fifa Hyundai com quem trava uma disputa.
É comum a entidade defender seus direitos de propriedade sobre o time nacional em notificações e processos. Isso tem se acentuado com a proximidade do Mundial.
"Todo dia aparece alguma coisa. Está muito mais do que nas outras Copas por ser no Brasil. Mas a CBF está ativa para impedir", explicou o diretor jurídico da confederação, Carlos Eugênio Lopes.
A mais recente disputa é com a Hyundai, um dos seis principais patrocinadores da Copa e da Fifa. A produtora de veículos veicula campanha em que promete mais um ano de garantia no caso de o Brasil ganhar o hexacampeonato. A propaganda incomodou a Volkswagen, parceira da CBF.
"A CBF decidiu tomar uma providência e notificou a Hyundai de que estava fazendo marketing de emboscada. Eles já tiraram a campanha", assegurou Lopes.
Não é bem assim. A assessoria Hyundai informou que não retirou nenhuma campanha do ar. A notificação da CBF foi recebida e está sob análise do departamento jurídico da empresa. Enquanto não houver um parecer, a propaganda será mantida na internet e na televisão, segundo a empresa sul-coreana.
Patrocinadora desde 2009 da seleção, a Voklswagen deixou claro seu desconforto em nota ao blog: "A Volkswagen do Brasil está em contato com a CBF para esclarecer e resolver o ponto, já que é sua parceira exclusiva no setor automotivo no tocante a Seleção Brasileira de Futebol."
Quando a CBF não se dá por satisfeita com o resultado da negociação, entra com processos como ocorreu com a Technos e a Elétrica Danúbio, em 2013. No primeiro caso, obteve em novembro uma liminar para que fosse cessada a propaganda da empresa de relógio que se associava à seleção. Depois, houve um acordo entre as partes para extinguir a ação.
O mesmo ocorreu com a Elétrica Danúnbio. A entidade obteve a liminar para parar a propaganda, e depois desistiu do processo porque os anúncios que associavam a camisa da seleção e tabela à marca foram interrompidos.
Também já houve um imbróglio em relação às camisas amarelas feitas pela Adidas para seus times, como o Palmeiras. A Nike reclamou e pediu providências à CBF. Mas até agora os uniformes continuam no mercado. De novo, era um conflito da confederação com patrocinador da Copa.
Essas disputas só tendem a crescer com a proximidade do Mundial. Quem hoje é acusado de marketing de emboscada pode ser o denunciante no futuro por entender que seus direitos são ameaçados. Afinal, as marcas tentam explorar os limites ao máximo, e restringir a concorrência.
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