Topo

Rodrigo Mattos

Com queda do Brasil, periferia da bola cresce na Libertadores

rodrigomattos

14/03/2014 06h00

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_)

Ao final da terceira rodada da Libertadores, o domínio brasileiro foi substituído por uma divisão de poder entre os países na competição. Mais do isso, o que se vê é um crescimento de times sem tradição, inclusive em regiões sem títulos. Claro, apenas terminou a metade da fase de grupos e o quadro está sujeito a mudanças.

Nos seus seis jogos desta semana, o Brasil conquistou apenas uma vitória com o Atlético-PR, diante do Universitario, do Peru. Botafogo e Cruzeiro perderam fora de casa. O Flamengo e o Grêmio empataram em seus estádios, e o Atlético-MG, no exterior.

Após esses resultados, os times brasileiros somam 56,1% dos pontos, uma queda em relação aos 64,6% de aproveitamento verificados até a segunda rodada. Estão considerados aí os resultados da primeira fase, eliminatória. O blog do Paulo Vinícius Coelho mostrou ser o pior início brasileiro em 16 jogos desde 2005.

Ainda assim o Brasil ocupa o topo de três grupos e tem desempenho superior à Argentina. A questão é que o domínio na Libertadores se pulverizou até agora. Entre os líderes dos grupos, há times de seis países, Brasil, Uruguai, Equador, Colômbia, Bolívia e México. Não há uma equipe argentina, maior ganhadora do torneio.

Duas dessas nações com equipes líderes, o México (Santos Laguna) e a Bolívia (The Strongest), nunca conquistaram o título. Mesmo entre os países mais tradicionais, o uruguaio Defensor também nunca levantou a taça. Colômbia e Equador já tiveram campeões, mas não foram Deportivo Cali e Emelec, que encabeçam seus grupos. Os únicos campeões a liderar um grupo são o Atlético-MG e o Grêmio.

Exemplos do crescimento dos times antes sem expressão são o empate do Bolivar diante do Flamengo, no Maracanã, e a derrota do Botafogo para o Independente del Valle, do Equador.

Obviamente que esse é um retrato do momento e o quadro pode se alterar até o final da primeira fase. Até porque alguns dos times líderes atuaram duas vezes em casa. O Brasil ainda parece como o favorito para levar o título.

Mas é certo que a Libertadores tem apresentado caras novas diante das ausências de supercampeões como Boca Juniors, Independiente e Estudiantes. Maior vencedor na disputa, o Peñarol está em último de seu grupo.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.