A conselheiros, Andrés diz que Itaquerão custará R$ 1,150 bilhão
Em reunião nesta segunda-feira à noite, Andrés Sanchez, responsável pela obra da arena corintiana, afirmou ao Conselho Deliberativo do Corinthians que o Itaquerão terá custo final de R$ 1,150 bilhão. Esse número representa um acréscimo de R$ 330 milhões em relação ao valor inicial orçado, que era de R$ 820 milhões.
Mas conselheiros se mostraram confiantes de que há condições de pagar a conta. O aumento confirmado por Andrés já vinha se anunciando por conta de custos crescentes pela operação financeira do estádio, pela obra, e por impostos. É a primeira vez que o dirigente confirma aos conselheiros o provável custo final da obra, e explica como vai bancá-la.
Entre os itens que encareceram o projeto, estão juros de R$ 110 milhões em empréstimos com bancos e com a empreiteira Odebrecht. O blog apurou que ainda deve haver uma revisão do preço da obra em si – está em negociação um aditivo no contrato de construção com acréscimo em torno de 10%. Só ai a conta já utrapassaria R$ 1 bilhão.
Impostos que tiveram de ser pagos e não estavam orçados – porque haveria benefício fiscal – também foram incluídos no preço final. Outra questão é que a Odebrecht vai participar da obra para adaptação do estádio para o clube após a Copa-2014, o que representa novo acréscimo.
Além do aumento de custo, Andrés apresentou aos conselheiros a expectativa de arrecadação do estádio. Pela sua tese, já antecipada pelo blog do Juca Kfouri, basta uma ocupação de pouco mais de 50% do estádio para bancar todos os empréstimos e a construção. Na ocasião, ele estimava o gasto final do estádio em R$ 1,050 bilhão.
A projeção otimista da diretoria corintiana é de uma arrecadação total de quase R$ 300 milhões por ano com a arena, incluindo venda de direitos sobre nomes, camarotes e outras propriedades. Todo o dinheiro ganho irá prioritariamente para o pagamento da Caixa Econômica Federal/BNDES e para a Odebrecht.
As explicações de Andrés convenceram os conselheiros corintianos que o aplaudiram ao final da reunião. Não houve questionamentos pesados ao dirigente.
"Ele explicou toda a forma de arrecadação. É claro que não é exato porque depende do fluxo do público", afirmou o presidente do Conselho, Ademir de Carvalho. "Há a ideia de ficar com as arquibancadas provisórias após a Copa. Vai depender do custo. Tem que verificar se é a melhor forma de operar o estádio, se tem fluência de público."
Pela explicação de Andrés, o clube terá de pagar de fato um valor em torno de R$ 700 milhões. Isso porque, do total de R$ 1,150 bilhão, será descontado o valor dos CIDs da prefeitura, que totalizam R$ 420 milhões. O valor a ser arrecadado com os títulos, no entanto, depende se haverá desconto, o que geralmente ocorre.
"Ele (Andrés) foi muito aplaudido. Não houve questionamentos sobre o estádio", acrescentou o conselheiro Alexandre Husni.
( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_)
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