Caixa tem cláusula de preferência para batizar Itaquerão
O contrato entre a Caixa Econômica Federal e o Corinthians para financiar o Itaquerão prevê uma preferência para compra dos direitos sobre o nome (naming rights) da arena em caso de proposta de outra instituição financeira. O clube informou que não há qualquer negociação com o banco para batizar o estádio. E a instituição financeira confirmou a prioridade neste tópico.
Ao mostrar o contrato com o estádio, blog mostrou como a Caixa tem controle sobre os negócios do Itaquerão a ponto de poder excluir os corintianos da gestão da arena. E o banco tem especial prerrogativa sobre os direitos sobre o nome.
De início, a Caixa tem que ser consultada sobre propostas para compra dos naming rights do estádio. Pela cláusula nona, item XLIV, está escrito que a Arena Itaquera, empresa que gere o estádio, tem que submeter à análise de crédito do interessado no negócio. Isso para garantir que esse tenha capacidade de pagamento.
Mas o item seguinte mostra que o banco pode ter interesse em batizar o estádio. É o que está expresso pelo texto que obriga a empresa da arena a apresentar qualquer proposta de outra instituição financeira pelo nome. Veja no texto abaixo:
Isso não significa que a Caixa vai fazer uma proposta para batizar o estádio. Questionado pelo blog pela assessoria, Andrés Sanchez, responsável do clube pela arena, informou que não há negociação em curso com o banco. Segundo ele, a cláusula serve mais como proteção para o banco. Há conversas com outras empresas, mas nenhuma está próxima de fechar no momento.
A assessoria da Caixa Econômica confirmou a preferência: "Trata-se de cláusula usual em contratos, ou seja, a CAIXA tem o direito de preferência sobre quaisquer outros", informou, sem responder se fará proposta pelos naming rights.
Além da preferência em casos de bancos, a instituição bancária federal tem a vantagem de saber em primeira mão o valor de qualquer proposta sobre o estádio. Lembre-se que ela já é patrocinadora do uniforme corintiano pelo qual paga em torno de R$ 30 milhões por ano.
Se usar sua cláusula de preferência e comprar os naming rights do Itaquerão, o banco passará por uma situação peculiar de pagar para si mesmo. Isso porque as receitas do estádio, incluindo os direitos sobre o nome, são destinadas a quitar a dívida com o intermediador e o BNDES pelo empréstimo de R$ 400 milhões. Isso vale também para o período de carência do empréstimo até o meio de 2015.
( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_)
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