Após caos em 2013, Recife descumpre promessa de CTs para Copa

Durante a Copa das Confederações, Recife foi duramente criticada por integrantes da seleção uruguaia pelas condições precárias dos centros de treinamento disponíveis para seu time. Pois bem, quase um ano depois, a cidade descumprirá promessa de deixar prontos três Centros Oficiais de Treinamento para a Copa, e só completará obras de acesso para dois deles próximo ao evento.

Em 2013, os uruguaios não conseguiram treinar no Arruda, campo do Santa Cruz, porque estava em péssimas condições. Ao tentarem acessar o local usado pelo Sport, enfrentaram lama na estrada e longo trajeto.

Com isso, o Arruda foi vetado pela Fifa. Restaram os CTs do Náutico e do Sport. E a prefeitura de Recife teria de viabilizar outro para completar a cota de três exigida pelo COL (Comitê Organizador Local) para sedes onde haverá mais de quatro jogos. Só que o projeto de usar o Instituto Federal de Pernambuco já está praticamente fracassado por falta de dinheiro e por atrasos.

A Secretaria Municipal de Esportes e Copa chegou a lançar licitações para reforma do campo, obras em vestiários, entre outros itens. O custo de todas as reformas seria superior a R$ 2 milhões. Mas a assessoria de imprensa da secretaria informou que isso dependia de verbas federais para o centro, o que não ocorreu até agora, a um mês e meio do evento.

Pelos documentos da licitação lançada, o campo demoraria 120 dias, ou quatro meses para ser reformado. Ou seja, esse cronograma é inviável de ser executado. A assessoria da secretaria admitiu que "é improvável que esse centro seja utilizado e devem ser dois apenas, mas só comunicará à Fifa quando isso estiver configurado".

Sem o centro reserva, Recife terá de confiar que os dois campos oficiais vão funcionar, pois são dois times que jogam e treinam por vez em cada cidade-sede.

Os acessos aos centros do Náutico e do Sport estão em obras. A previsão é que a conclusão da reforma só acabe no final de maio, bem próximo ao Mundial. Se houver chuva, como ocorreu no ano passado, corre-se o risco de novo caos, desta vez durante a Copa.

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