Fifa adia solução de escândalo do Qatar para após a Copa-2014
Pressionada por novo escândalo sobre a escolha do Qatar para Copa-2022, a Fifa marcou para depois do Mundial do Brasil a conclusão do relatório sobre o caso. Uma denúncia neste final de semana do "Sunday Times" mostrou que um ex-dirigente da federação internacional pagou R$ 11 milhões em propinas para ganhar a sede do evento.
Nesta segunda-feira, o investigador da Fifa Micheal Garcia afirmou que concluirá as apurações sobre a escolha do Qatar-2022 e Rússia-2018 no dia 9 de junho, na próxima segunda-feira. Mas só submeterá o relatório à câmara do comitê de ética da entidade em seis semanas.
"Depois de meses de entrevistas com testemunhas e coleta de material, nós pretendemos completar essa fase de nossa investigação em 9 de junho, 2014, e depois submeter o relatório à câmara aproximadamente seis semanas. O relatório vai considerar todas as evidencias potenciais relacionadas ao processo de candidatura, incluindo provas coletadas em investigações anteriores", afirmou Garcia, em uma nota oficial.
Com seis semanas, a Copa-2014 já estará concluída. Assim, a Fifa evita que o escândalo atinja o Mundial. Ressalte-se que, pelo menos na versão da federação, Garcia atua de forma independente, tanto que não foi a entidade quem divulgou a informação sobre a conclusão do inquérito inicialmente. Depois, publicou em seu site.
Se por um lado a Fifa evita o efeito no Mundial, fica uma dúvida se será possível incluir na investigação a nova denúncia do jornal "Sunday Times". Segundo o jornal inglês, foram obtidos e.mails e provas de que o ex-membro do Comitê Executivo da Fifa, Mohammed bin Hamman, pagou R$ 11 milhões para integrantes de federações africanas e até um colega da cúpula da federação para obter apoio para o Qatar. N
ão é a primeira acusação desse tipo já que até o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira vem sendo investigado sobre o assunto, como mostrou o jornal Daily Telegraph em abril. O brasileiro tinha conexões com Bin Hamman. Até agora, as partes negam envolvimento no escândalo.
Mas, na Fifa, alguns dirigentes já admitem fazer uma nova votação caso sejam encontradas provas de suborno no processo de escolha. O presidente da federação, Joseph Blatter, no entanto, se recusa a falar do assunto enquanto a investigação não for concluída. Ou seja, só precisará lidar com o incômodo assunto após a Copa-2014.
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