Topo

Rodrigo Mattos

São-paulino ironiza capacidade do Itaquerão: 'Deram aplique na Fifa?'

rodrigomattos

06/06/2014 06h00

O anúncio da Fifa de que o Itaquerão receberá 61,6 mil pessoas na abertura provocou ironia e crítica do conselheiro são-paulino José Francisco Mansur, responsável pelo projeto do Morumbi rejeitado pela entidade. Sua lembrança é de que foi exigido do estádio do São Paulo uma capacidade mínima de 68 mil.

A substituição do Morumbi pelo Itaquerão ocorreu em 2010. O projeto do estádio são-paulino foi rechaçado pela Fifa e pelo COL (Comitê Organizador Local) com a alegação de que não atendia as especificações para a abertura da Copa. Em seguida, o Corinthians apresentou sua ideia de estádio, e o governo do Estado ajudou com as provisórias.

Inicialmente, a capacidade do Itaquerão seria de 68 mil lugares com as arquibancadas montados pelo Estado. Explica-se: seriam pouco mais de 40 mil lugares, com as provisórias para chegar a esse total. Mas a Fifa considerou isso como capacidade total, não líquida. Ou seja, com exclusão de vários lugares, foi reduzido a 61 mil assentos.

"Para o Morumbi, o COL e o Comitê Paulista exigiam 68 mil lugares sem a possibilidade de haver arquibancadas provisórias. Para o amistoso de amanhã (da seleção, nesta sexta-feira), já vendemos 67 mil. E o engraçado é ler que no estádio recém-construído há assentos mortos – sem visão. Como é possível? Deram aplique na Fifa?", afirmou Mansur.

A alegação da federação internacional é de que houve assentos cortados por conta de posições de televisão e de mídia, entre outros pontos. Segundo Thierry Weil, dirigente da Fifa responsável por ingressos, a capacidade pedida pela federação foi atendida pelo estádio. O Comitê Paulista informou que não houve alteração de exigência do Morumbi para o Itaquerão.

É certo, no entanto, que a entidade teve dificuldades para levantar o inventário de lugares do Itaquerão pelos atrasos nas obras. Quando saiu o número final, ficou bem abaixo do previsto inicialmente.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.