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Rodrigo Mattos

Com 90 jogos, Maracanã tem estreia sem perrengues, nem correria

rodrigomattos

15/06/2014 06h00

O Maracanã é a prova de que testes fazem diferença na preparação de um estádio para a Copa do Mundo. Finalizado às pressas para a Copa das Confederações, o estádio tinha guindastes e britadeiras no entorno, e se tornou uma desafio na operação. Mas, para o Mundial, já conta com 90 jogos no currículo.

É depois disso que recebe o jogo entre Argentina e  Bósnia Herzegovina, neste domingo. Será a volta de um jogo de Mundial no estádio após 64 anos, visto que o último foi a final de 1950, entre Brasil e Uruguai.

Os últimos dias no estádio mostraram-se bem diferentes dos dias prévios à abertura da Copa no Itaquerão. Não havia ninguém realizando instalações ou obras, nem correria para terminar um acabamento. A maioria dos funcionários sabia o que fazer e como agir. Internet e instalações provisórias funcionam sem grandes defeitos até agora.

"Quando falo que está pronto é porque fizemos 90 jogos, e 2,5 milhões já estiveram no estádio. Já realizamos 100 eventos. Um estádio desse tamanho nós estamos muito conscientes de que é um aprendizado diário", contou João Borba, presidente do Consórcio Maracanã.

O gramado, que era uma preocupação, já aparece em bom estado após a aplicação de uma grama europeia, instalação que ocorreu no último mês já sob ocupação da Fifa. Sistema de transporte e bloqueios também replicam o que foi feito na Copa das Confederações.

"Os números e a localização tornam a operação mais fácil. O operador conhece o estádio. Serviu para Copa das Confederações", contou o porta-voz do COL (Comitê Organizador Local), Saint-Clair Milesi.

Um cenário bem diferente, por exemplo, da Arena Pantanal, da Arena das Dunas e do Itaquerão. Prontos recentemente, eles tiveram problemas de operação que foram desde a falta de alvará de funcionamento à ausência de comida.

Dirigentes da Fifa já explicitaram que esperam ter de resolver questões em todos os estádios que não foram usados na Copa das Confederações, isto é, seis deles. Por isso, o contraste entre os dois principais estádios da Copa, o da final e o da abertura.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.