Favorita, Alemanha sobra na estreia e Müller vira ameaça a Ronaldo
Antes da Copa-2014, havia quatro seleções que apareciam com muito maior frequência na lista de favoritos: Brasil, Argentina, Espanha e Alemanha. Com a estreia dos quatro, fica claro que os germânicos tiveram a largada mais convincente ao baterem Portugal com facilidade em Salvador. E já tem o artilheiro da competição: Thomas Müller, com três gols.
Ressalte-se: equipes listadas como concorrentes secundárias fizeram boas apresentações em suas primeiras partidas, como a Holanda, França e Itália. Assim, também são candidatos ao título. Ainda faltam três jogos para o final da rodada, mas todos os times principais já jogaram.
Os alemães tiveram um início arrasador com leve favorecimento da arbitragem. Não dá para dizer que houve nenhum erro feio a favor dos germânicos, mas, na dúvida, foram marcados os lances para eles.
O pênalti em cima de Gotze é discutível. Para este blog, ele era, de fato, agarrado na área. Mas, quando cai, estava solto e deu uma simulada. Ou seja, não houve penalidade. Só que determinada câmera, de ângulo diferente, indicava o contrário.
No caso da expulsão de Pepe, o árbitro deu uma exagerada, visto que ele não atingiu de forma muito violenta Müller. Mas a imprudência do zagueiro de Portugal, ao simular cabeçada no rival, levou o juiz a mandá-lo embora.
A verdade, no entanto, é que o cenário do jogo mostrava que o time português seria derrotado de qualquer jeito, com 10 ou 11. Envolvente, a Alemanha articulava bem seus atacantes e meias, como Müller, Gotze, Kroos, Özil, e botava Portugal na roda.
Cristiano Ronaldo, topete caído e sentindo uma má forma física, pouco produzia. Ameaçou pouquíssimo, e só apareceu de fato por um piti contra o juiz, em que pedia um pênalti inexistente.
Ao final, quem foi vê-lo: acabou encantado com Müller, uma versão germânica de Renato Gaúcho. Meia arriada, jeito provocador, rápido e letal na área. Fez três gols e atingiu oito em Copas do Mundo, com apenas 24 anos. Tornou-se, de fato uma ameaça para a artilharia de Ronaldo em Mundiais, com 15, tanto quanto Klose, na reserva.
Afinal, tem essa Copa e outras duas, provavelmente, para fazer mais sete gols. Pelo seu ritmo, tem chances de atingir esse recorde.
De saldo final, a goleada alemã impressionou bem mais do que a boa estreia brasileira diante da Croácia, a magra vitória argentina diante da Bósnia e, obviamente, do que o sacode sofrido pelos espanhóis. Se a primeira impressão é a que fica, a Alemanha levou vantagem entre os favoritos.
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