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Rodrigo Mattos

Copa-2014 tem multiplicação de pênaltis em relação a outras edições

rodrigomattos

17/06/2014 06h00

Com alta média de gols graças ao bom futebol, a Copa-2014 teve uma ajuda dos árbitros: um enorme crescimento no número de pênaltis marcados em relação a outros Mundiais. Praticamente encerrada a primeira rodada – faltam dois jogos do grupo H nesta terça-feira -, foram cinco penalidades em 14 jogos.

Em comparação com outras Copas, ao final das 16 primeiras partidas, houve apenas um pênalti na Africa do Sul-2010, e um na Alemanha-2006. E, pelo levantamento do blog, esse foi o único quesito em que, de fato, os juízes se tornaram mais duros. O número de cartões amarelos e expulsões é até inferior ao início do torneio africano.

Na semana passada, o chefe dos dos árbitros da Fifa, Massimo Busacca, explicou que foi dada uma orientação para os juízes de que, se houvesse agarrão na área, teria de ser marcado o pênalti. Até exibiu um vídeo em que mostrava dois atletas atacados por rivais para usar como exemplo da indicação dada aos seus comandados.

O objetivo é preservar o atacante e, assim, aumentar o número de gols. Ficou clara a aprovação da cúpula da Fifa quando o presidente Joseph Blatter referendou a marcação de pênalti sobre Fred, contra a Croácia.

Essa não foi a única penalidade polêmica, embora tenha sido a que gerou mais debate. Houve discussões sobre os pênaltis para a Espanha, em cima de Diego Costa, e para Alemanha, sobre Gotze. No primeiro, houve um carrinho e o contato, mas não fica claro se era o suficiente para derrubá-lo. E o alemão foi agarrado, mas cai de forma estranha.

Outras duas penalidades foram mais claras. O francês Pogba levou um encontrão nas costas na área contra Honduras, e o uruguaio Lugano foi agarrado na área contra a Costa Rica. Todas as penalidades foram convertidas.

Até agora foram três expulsões – foram quatro em 2010, e duas, em 2006 ao final da primeira rodada. E os juízes deram  35 cartões amarelos no Brasil, dado também inferior aos 47 da Africa do Sul, e aos 67 da Alemanha. Ou seja, o apito tem sido mais frequente mesmo é nas faltas dentro da área.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.