Fifa reprime protesto de convidados com faixa no Maracanã
A Fifa reprimiu um protesto nas arquibancadas do Maracanã no jogo entre Bélgica e Rússia, mas seus seguranças e policiais foram incapazes de impedir a exibição de uma faixa com mensagem política.
Pelas regras da Copa-2014, é proibido esse tipo de manifestação. Irônico é que os dois manifestantes eram convidados de um patrocinador do Mundial, o Itaú.
O engenheiro Maurício Dantas e o professor João Carlos Rodrigues levaram uma faixa de cerca de quatro por dois metros para dentro do estádio. Estava escrito: "A festa nos estádios não vale as lágrimas nas favelas". De um lado, a frase estava em português, do outro em inglês.
No meio do jogo, eles abriram a faixa, e policiais militares os detiveram e os levaram para averiguação. A PM queria que eles entregassem a faixa, mas eles se recusaram alegando que não desrespeitavam nenhuma lei. Foram liberados.
Mais tarde, ao final do jogo, voltaram a exibir o protesto e seguranças particulares da Fifa mandaram que fechassem a faixa. Ainda queriam impedir os jornalistas de tirar fotos. Mas os manifestantes mantiveram a exibição das faixas. Até que um chefe pediu que eles se retirassem do estádio – foram acompanhados pelos agentes.
"Somos de um movimento social contra a violência policial dentro das favelas. Durante essa Copa, só aumentou a repressão e a retirada de pessoas dessas comunidades, como a da Mangueira, aqui próximo do Maracanã, que tentam transformar em uma região de elite", contou Dantas.
Ele ganhou os ingressos para o jogo do Banco Itaú, do qual é cliente, e que é patrocinador do Mundial. Chamou o amigo Rodrigues para fazer o protesto. "Entramos com a faixa dentro da mochila. Ninguém viu", contou Rodrigues.
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