Será que a seleção deve ter um centroavante fixo?
Um resumo simples da classificação brasileira sobre o Chile nas oitavas de final seria: Júlio César redimiu problemas sérios da seleção durante a partida. Então, é preciso pensar o que se viu de errado no time nacional para que os adversários tenham tido o domínio em boa parte do jogo.
Há questões em todos os setores, e mesmo no sistema tático. Uma delas que se impõe é: o Brasil deve manter o esquema com centroavante fixo quando seus dois homens para a posição, Fred e Jô, não acertam o pé? De que vale ter um pivô que nem proporciona jogo ao ataque, nem faz gols? Os dois juntos têm um em quatro jogos.
Contra o Chile, Fred errou duas finalizações que um bom centroavante mandaria no gol. Seu substituto entrou confuso e só apareceu para dar uma pernada no goleiro Bravo. Pior do que o titular.
Ora, o técnico Luiz Felipe Scolari poderia pensar em colocar mais um jogador ofensivo no time, Bernard e Willian seriam opções, e adiantar Hulk, que foi bem no jogo apesar do pênalti perdido e do erro no gol.
Uma vantagem seria ter mais um homem no meio de campo. Afinal, o Brasil viu o Chile dominar a posse de bola no tempo normal, o que só se igualou na prorrogação com os chilenos mortos.
Um terceiro problema é a zona que toma conta da defesa brasileira em certos momentos. Esse desacerto, apesar de o time contar com dois bons zagueiros, ocorre pelas falhas de marcação de Marcelo e Daniel Alves. Foi no setor do primeiro que saiu o gol do Chile, embora em falha de Hulk. E o segundo tem entregado seguidos contra-ataques aos rivais, além de ter um reserva confiável como Maicon.
Claro, isso não é uma verdade absoluta. O Brasil teve um bom início de jogo, com superioridade visível sobre o Chile. Só que essas falhas da equipe pesaram para desequilibrar a partida em favor dos chilenos em vários momentos da partida.
Além disso, o cansaço de Neymar teve peso decisivo sobre a queda de rendimento brasileiro. Tal é a dependência do time dele que suas dores se tornarão uma questão nacional nos próximos dias.
Enfim, com o time nas quartas de final, é hora de Felipão pensar em alternativas ao jogo baseado em lançamentos longos dos zagueiros e bolas no Neymar. É a forma de se preparar para enfrentar adversários mais fortes que virão pela frente.
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