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Rodrigo Mattos

É a Copa das prorrogações. Mas Messi classifica mais uma favorita

rodrigomattos

01/07/2014 15h38

A Copa-2014 tem sido marcada pelo equilíbrio em seus confrontos, mesmo que seja o embate em um tradicional campeão e uma dessas seleções novatas que só agora ensaiam se destacar no cenário mundial. Mas, pelo menos nas oitavas de final, quem era favorito se manteve na competição, com emoção. E foi o que ocorreu com a Argentina diante da Suíça.

De início, o jogo era igual com uma leve superioridade suíça. Bem na partida Shaqiri ameaçava constantemente a defesa argentina. Fruto de seus esforços, o companheiro Drmic esteve duas vezes na frente do gol, e perdeu ambas as oportunidades.

Desconjuntada, a Argentina vivia de um esforço solitário de Messi, muito marcado. Lavezzi, Di Maria e Hinguaín penavam para achar espaços na defesa européia, por erros individuais e coletivos. Verdade seja dita: o time sul-americano nunca esteve organizado neste Mundial, seja atrás, seja na frente.

Mas melhorou após o invervalo, passando a coordenar algumas jogadas incisivas sob o comando de Messi. O craque da camisa 10 passou a ter uma exibição convincente, quase brilhante, nesta segunda etapa. Em dois rebotes, quase fez os gols, salvo pelo goleiro Benaglio e a outra bola saiu por cima.

Maiores contribuições de Di Maria e a entrada de Palacio também deixavam a Argentina na beira de seu gol. Não saia por incompetência de Higuain, eficiência do goleiro adversário ou puro azar. Do outro lado, a Suíça mal contra-atacava, diante da inoperância de Shaqiri.

Chegou o segundo tempo e até que a torcida brasileira ensaiou ajudar os suíços com um olé. Mas lhes faltavam pernas. E sobrava disposição a Messi. Foi ele que, em pleno vigor físico, arrancou do meio de campo para tocar para Di Maria fazer o gol fatal.

A Argentina sofreu, como o Brasil, como a Alemanha, como a França, como a Holanda. Mas passou. E foi adiante pelos pés de um jogador extraordinário que tem atuado bem em todos os jogos.

Sobrou ainda um susto final quando Dzemaili, em um cruzamento, mandou com a cabeça na trave, e depois completou para fora sem jeito. E, com o goleiro Benaglio fora do gol para tentar empatar, quase que Di Maria faz um gol do meio de campo. A última falta de Shaqiri foi na barreira. Ufa! Mais um favorito passava no sufoco.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.