Em reunião com Dilma, clubes querem debater todo futebol, não só dívidas
Oficialmente, a presidente da República, Dilma Rousseff, receberá nesta sexta-feira dirigentes de clubes para discutir a Lei de Responsabilidade Fiscal para o futebol, que renegocia suas dívidas. Mas cartolas querem ampliar o debate e incluir outros temas de gestão do esporte. Entre eles, estão as regras da Lei Pelé para formação de atletas.
Previsto para a manhã desta sexta-feira, o encontro vai acontecer à tarde porque a presidente estará no Rio de Janeiro para visitar instalações olímpicas mais cedo. Haverá a presença de 12 clubes grandes brasileiros.
Um dos líderes do movimento, o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, afirmou que pretende ampliar a pauta da reunião e falar de "gestão do futebol brasileiro" sem especificar os temas.
Já o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, explicou que a prioridade é a lei de responsabilidade fiscal, mas que há outras reivindicações dos clubes em articulação. Por exemplo, aumentar a remuneração por formação de atleta sem contrato, que, atualmente, é de 200 vezes o valor investido em cada um.
"Tem que conversar sobre a formação. Tem que ter uma proteção maior para o clube para incentivar o investimento", contou o Ribeiro. "Queremos uma remuneração melhor para o clube formador que não tem contrato com o atleta. Não é uma volta do passe porque isso seria um retrocesso."
Dentro do governo federal, há uma disposição de discutir a gestão do futebol por inteiro, tanto a questão fiscal quanto contrapartidas de administração dos clubes. No projeto de lei em trâmite no Congresso, já existem medidas punitivas previstas para os times que não pagarem dívidas ou salários.
Na segunda-feira, haverá nova reunião na CBF com 40 clubes da Série A e da Série B, incluindo as 27 federações estaduais, para debatero futebol brasileiro, principalmente elaborar documento sobre a lei de responsabilidade fiscal.
Por enquanto, não há em discussão no governo nenhuma medida para mudar a eleição ou gestão da CBF, que centraliza o poder do futebol brasileiro
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