Lampejos de Elias salvam Corinthians e um clássico ruim
Pouco antes dos 30min do segundo tempo, Paolo Guerrero se preparava para bater uma falta quando se estranha com Wendel com troca empurrões. O confronto se generaliza e envolve a maioria dos jogadores de Corinthians e Palmeiras, com ameaças e trombadas dos dois lados. Um retrato do primeiro clássico no Itaquerão, marcado mais pelas faltas do que por conclusões perigosas a gol.
Ganhou o Corinthians porque apresentou um mínimo de futebol e por contar com Elias, um volante que sabe jogar bola e sai da mesmice do que se viu em campo. Foram dele os dois passes para os gols corintianos.
O torcedor precisou de bastante paciência para assistir a um chute. Até os 41min do primeiro tempo, não houve nenhum arremate perigoso a gol.
Há quem atribua o fato à forte marcação dos dois times. Ao contrário do que se pode pensar, o excesso de faltas demonstra que as duas equipes têm deficiências na sua marcação, pois é a única forma que encontram de truncar o jogo. Foram mais de 40 em toda a partida, bem acima da média do Brasileiro.
A diferença é que o Corinthians apelava a faltas, mas tentava algumas triangulações pelo meio, com Elias, Renato Augusto e Petros. Foi em uma penetração como essa que Elias avançou, driblou e deu passe para o gol de Guerrero, no início do segundo tempo.
Já o Palmeiras se esforçava para recuperar a bola apenas para dar bicões da defesa para o ataque, onde Henrique vivia solitário e Mouche estava mais preocupado em compor o meio-campo.
Fato é que o gol pelo menos obrigou o técnico Ricardo Gareca a avançar o time, com as entradas de Erik e Leandro nos lugares de Mendieta e Henrique. O palmeirense, enfim, podia ver a bola na área rival de vez em quando, embora sem grande perigo.
O Corinthians manteve o pragmatismo do seu técnico Mano Menezes. Após 20min velozes no início do segundo tempo, postou-se para evitar o gol rival e aproveitar eventuais contra-ataques. Não havia muito com o que se preocupar, verdade seja dita.
De novo, Elias chegou na entrada da área e mostrou uma visão incomum entre os outros jogadores. Seu passe de lado deixou Petros em condição de chutar a gol para superar Fábio, que ainda tocou na bola.
Saldo: o clássico demonstrou que um pouco mais de qualidade no tratamento da bola ainda é decisiva, como foi o caso das jogadas de Elias. Só que, sejamos sinceros, ainda é pouco para o que se cobra pelos ingressos, pelo que se gastou com estádios, e pelos salários de jogadores e técnicos.
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