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Rodrigo Mattos

Com um chute no gol, San Lorenzo repete Corinthians e Galo na Libertadores

rodrigomattos

13/08/2014 23h12

Um campeão inédito, o alívio de anos de gozações dos rivais, um troféu para um dos maiores times da Argentina. Contada assim, a conquista do San Lorenzo da Libertadores, diante do Nacional, do Paraguai, é uma história que vale a pena ser ouvida. Em campo, as atuações, no entanto, não foram empolgantes.

Esqueça a eliminação dos times brasileiros na competição: caíram porque não jogaram o suficiente para continuar. Enquanto isso, avançava o San Lorenzo, único dos grandes argentinos que não ganhara o título continental e por isso era alvo de ironias dos outros torcedores.

Diante de um inexpressivo Nacional, sem tradição e com pouco futebol, o time argentino apresentava-se como favorito destacado ao troféu na final em seu estádio. Seu início de jogo, no entanto, foi inseguro. Foi o Nacional quem deu dois chutes a gol, um na trave e outro raspando o poste. O cenário não era animador.

Até que Coronel, do Nacional, meteu a mão na bola em um lance na área. Era pênalti para o San Lorenzo. Ortigoza bateu e fez o gol. Detalhe: esse foi o único chute do time argentino dentro da meta adversária. Houve outros quatro arremates fora do gol, menos do que os sete da equipe paraguaia.

Ressalte-se que o San Lorenzo teve uma atuação mais convicente no segundo tempo. Dominou o meio de campo, e correu menos riscos com maior presença no campo adversário, principalmente com maior participação do armador Romagnoli. Chutes a gol perigosos, no entanto, não houve.

O que se viu de mais emocionante foi a manifestação da torcida, enlouquecida na arquibancada. Pelo terceiro ano seguido ganha o título um grande time que era gozado por rivais por não ostentar o troféu como ocorreu com o Corinthians e o Atlético-MG, em 2012 e 2013. O choro foi coletivo no estádio, dos torcedores até o ídolo Romagnoli, que deve jogar no Bahia.

Ao final, o San Lorenzo obteve 52% dos seus pontos na Libertadores, e saiu de uma campanha ruim na primeira fase para o título. Derrubou times como Cruzeiro e Grêmio, sempre apertado. Uma boa história, um futebol, nem tanto.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.