Corinthians parcela todas suas dívidas fiscais com entrada de R$ 6 mi
O Corinthians conseguiu a inclusão no Refis (Programa de Refinanciamento Fiscal do governo federal) para parcelar todas as suas dívidas fiscais de cerca de R$ 126 milhões feitas na gestão do ex-presidente Andrés Sanchez. Para isso, o clube teve de pagar um valor entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões como uma entrada. A quitação total ocorrerá em 15 anos.
Além desse gasto, o clube também pagou R$ 15 milhões para a Justiça Federal referente a impostos de 2010 para tentar interromper a ação criminal contra Andrés e outros dirigentes por sonegação fiscal, como informou a "Folha de S. Paulo". Pela jurisprudência da corte federal, quando há o pagamento integral do valor devido, o processo é extinto.
O clube acumulou dívidas fiscais durante a gestão do dirigente porque passou até cinco anos sem pagar todo o imposto de renda, período que também inclui as administrações de Mario Gobbi e Alberto Dualib. Há ainda débitos relacionados a FGTS (Fundo de Garantia Sobre Tempo de Serviço) e INSS que somam cerca de R$ 120 milhões.
Isso gerou a penhora de um percentual de todas as rendas do clube. A Justiça Federal até aceitou parcelar o pagamento em até 15 anos. Mas havia ações em aberto porque nem todos os juízes concordaram esses termos. Além disso, pesava a acusação criminal contra dirigentes do clube.
Diante desse cenário preocupante, o Corinthians vinha articulando a entrada no Refis da Copa, como é chamado o novo parcelamento do governo, e cujo prazo de adesão se encerrou nesta segunda-feira. O problema era obter o dinheiro suficiente para dar uma entrada. Com a inclusão, clube quita R$ 20 milhões, e ainda obtém descontos de multas.
Oficialmente, dirigentes do clube não querem se pronunciar sobre o assunto. Mas confirmaram ao blog a inclusão no Refis. Só não há a informação de onde veio o dinheiro para essa quitação.
Certo é que, com a inclusão no programa, o Corinthians se livra da possibilidade de execuções fiscais pela Justiça, nas ações que estavam em aberto, e também evita a possibilidade de interrupção dos pagamentos do patrocínio da Caixa Econômica Federal. O clube decidiu se antecipar e não esperar o Proforte – programa do governo específico para o futebol- porque não sabia quanto este ia demorar.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.