Com rombo, Corinthians corta contratações e aperta cinto para 2015
Com o buraco nas contas de R$ 40 milhões neste ano, a diretoria do Corinthians já planeja a temporada de 2015 sem contratações de grande porte e cinto apertado no futebol mesmo se o time chegar à Libertadores. Foi esse o compromisso da cúpula do clube com conselheiros do Cori (Conselho de Orientação) em reunião nesta semana.
O déficit de 2014 até julho ocorreu por dois motivos. Primeiro, o Corinthians obteve uma renda bem inferior à prevista com bilheteria e patrocínio no primeiro semestre. Segundo, gastou bem mais dinheiro do que estava estimado no orçamento com o futebol, como já mostrou o blog do Perrone. Isso ocorreu em um ano que deveria ser de contenção de custos.
Para o segundo semestre, o plano da diretoria é tentar pelo menos equilibrar receitas com despesas. Há uma expectativa de uma melhora nas rendas porque a segunda parte do ano costuma ser melhor do que a primeira. Só que, em 2014, há a peculiaridade de que o time não tem mais arrecadação de ingressos, pois o dinheiro vai direto para pagar a dívida do Itaquerão.
O Corinthians já teve que pegar um empréstimo de R$ 70 milhões, dos quais um valor próximo de R$ 60 milhões chegaram aos cofres do clube por conta de desconto de juros. Esse dinheiro foi usado, primordialmente, para quitar pendências como a compra de Rodriguinho, fatia de Paulinho e débitos fiscais para inclusão no Refis (programa de refinanciamento fiscal).
O problema é que ainda há um custo corrente alto do futebol até o final do ano. Só em atletas que não entram em campo pelo Corinthians porque estão emprestados há um gasto entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão. O volume mais alto dessas despesas vai até o meio do ano de 2015, quando acabam contratos de alguns como Emerson Sheik. Ainda haverá a pendência de Pato.
Diante desse cenário, membros do Cori pediram uma contenção total de despesas com o futebol. A diretoria aceitou a ideia. Não será possível cortar jogadores com contrato, mas, mesmo que o time se classifique para a Libertadores, não será possível adquirir um grande nome para reforçar a equipe. Qualquer boa proposta por atletas, que não sejam imprescindíveis, será aceita.
Até porque as contratações pedidas e obtidas pelo técnico Mano Menezes não eram consenso dentro da diretoria pelo seu custo. Afinal, o orçamento previa um investimento bem menor no futebol. Em 2015, será a hora de cumprir, já que não há mais espaço para aumentar gastos.
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