Com disputa, Arena Palmeiras atrasa venda de cadeiras como Itaquerão
Perto de ser inaugurada, a Arena Palmeiras tem um atraso de quase um ano na venda por temporada das suas cadeiras por causa do imbróglio entre a W/Torre e o Palmeiras. Uma situação similar ao que aconteceu no Itaquerão onde ainda não houve a comercialização de cadeiras a longo prazo por questões relacionadas à adaptação para Copa e obras fora do prazo.
Os dois estádios optaram por modelos similares para lucrar com as cadeiras: é o PSL (Personal Seat License). Inspirado no sistema americano, trata-se da compra dos direitos sobre o lugar por um prazo que varia de uma a cinco temporadas. O torcedor tem o ingresso garantido, mas tem que comprá-lo a cada jogo, ou repassá-lo a outra pessoa.
No exterior, esse tipo de direito costuma ser vendido ainda na construção do estádio. Essa era a intenção do Corinthians e da W/Torre. No caso da arena palmeirense, a empreiteira fazia planos de realizar a negociação de assentos premium ainda no início de 2014, quando estaria próxima a conclusão da arena.
Mas surgiu a disputa entre a empreiteira e o clube em relação aos direitos sobre a comercialização de 35 mil cadeiras. Isso foi para a corte arbitral. A W/Torre tem a garantia de que pode vender 10 mil lugares. Só que decidiu travar qualquer negócio até a conclusão do imbróglio com o Palmeiras, ainda sem data para acontecer.
O modelo já está montado pelos gestores do estádio palestrino. A ideia é fazer um sistema de pirâmide em que seriam comercializados os assentos mais caros primeiro. Há um lote entre 600 e 900 cadeiras que seriam premium, no meio do campo, e com serviços vips.
Isso seria só um começo para testar o sistema e aceitação do mercado. Depois, seriam lançados diversos outros tipos de pacotes que poderiam incluir de 10 mil lugares a até todos os 45 mil assentos da arena. Serviços de comida e estacionamento estariam incluídos em alguns dependendo dos preços.
A questão é que isso envolve uma interação com o programa de sócio torcedor do Palmeiras, o Avanti, em que o clube dá direitos de preferência na compra de ingressos de seus jogos. Como as duas partes continuam em disputa, fica difícil levar adiante o negócio.
No caso corintiano, a venda de cadeiras começou de forma experimental por poucos jogos neste ano no setor Oeste do Itaquerão, onde o clube espera obter suas maiores rendas. Há uma expectativa de que, enfim, saiam os pacotes por temporada no final de 2014 ou no início de 2015. A intenção inicial do Corinthians era vender desde o final do ano passado.
O principal motivo para o atraso foi a demora da conclusão do Itaquerão, pronto às vésperas da Copa-2014, e a necessidade de adaptá-lo para a Fifa. Assim, o setor oeste era usado por jornalistas durante o Mundial, e teve que ter assentos colocados depois disso. Ainda há obras em curso feitas pela Odebrecht, mas seu andamento é lento.
A diretoria alvinegra já é capaz de fornecer serviços de alimentação neste prédio. Mas a falta de estacionamento ainda é um problema para atender Vips.
A venda dos direitos sobre as cadeiras é uma das maiores rendas previstas tanto na Arena Palmeiras quanto no Itaquerão. Por isso, quanto mais se retarda o início da comercialização, demora mais para os clubes obterem esse dinheiro.
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