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Rodrigo Mattos

Regulamento proíbe Cruzeiro de cobrar mais da torcida do Galo

rodrigomattos

18/11/2014 16h39

O Regulamento Geral de Competições da CBF proíbe o Cruzeiro de cobrar preços maiores da torcida do Atlético-MG na final da Copa do Brasil. Nesta terça-feira, foi anunciado o preço de R$ 1.000 para o valor cheio a torcedores do Galo. O valor máximo cobrado de cruzeirenses divulgado foi de R$ 700,00 na entrada integral, excluído associados. Agora, prometem cobrar R$ 1.000 na venda física.

Ao contrário do que foi publicado neste blog, é incorreta a informação de que a CBF tinha dito que não havia erro desrespeito ao regulamento (veja abaixo nota da CBF). O blog acreditou em um perfil falso do diretor de competições Virgílio Elísio. Consultada, a CBF não se pronunciou sobre o caso.

O parágrafo 2 do artigo 84 do RGC diz que "os preços dos ingressos para a torcida visitante deverão ter necessariamente os mesmo (sic) valores dos ingressos para a torcida local, quando referidos aos mesmos setores e equivalentes".

Estabelecer preços diferentes também contraria o Estatuto do Torcedor em seu artigo 24:  "Os valores estampados nos ingressos destinados a um mesmo setor do estádio não poderão ser diferentes entre si, nem daqueles divulgados antes da partida pela entidade detentora do mando de jogo", afirmou o texto do parágrafo 2.

Representantes atleticanos saíram da reunião reclamando do desrespeito às regras. Ao UOL Esporte, a diretoria do Cruzeiro alega que cobrará R$ 350,00 de seu torcedor associado, e R$ 1.000 daquele que não for sócio. Só que na tabela de preços divulgada pelo clube inicialmente não havia nenhum bilhete por esse valor.

Ressalte-se que, no primeiro jogo, o Atlético-MG desrespeitou o Estatuto do Torcedor ao só prometer entregar ingressos de visitantes na véspera do jogo. Com a recusa do Cruzeiro em receber, aceitou a venda de bilhetes ilimitados de meia-entrada em relação ao preço de R$ 400,00 cheios cobrados de cruzeirenses.

O time celeste ainda acusa o rival de forçar a entrega de menos de 10% da carga, mas havia medidas de segurança que limitavam esse número.

PS O blog errou ao identificar como verdadeiro um perfil falso do diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio. Peço desculpas pela falha. Foi um erro jornalístico, de técnica, ao não ter valido como deveria a informação.  

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.