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Rodrigo Mattos

Palmeiras festeja nova arena, mas sofre com velho time

rodrigomattos

19/11/2014 23h12

Antes do jogo, a estreia da Arena Palmeiras tinha no gramado o ex-jogador Evair que bateu até um pênalti simulado fora das quatro linhas, em uma bonita festa da torcida em sua volta à casa. O problema é que quando o árbitro apitou o início do jogo não havia Evair, sequer existia um jogador de nível parecido em campo.

O hino cantado a plenos pulmões antes da partida transformou-se em protesto contra a diretoria, vindo das sociais e das organizadas. As imagens de momentos históricos do clube no telão viraram a desorganização da defesa que deixava muitos buracos expostos para o ataque do Sport.

Até que no início da partida o Palmeiras mostrava pelo menos disposição para pressionar o time pernambucano. Rondava a área à espera de um lance de sorte porque lhe faltava uma armador pois Felipe Menezes era inoperante, e faltava disposição de Wesley para organizar o time. Ao final do primeiro, ainda havia animação, mas faltavam elementos para otimismo.

Aos poucos, o Sport mostrava uma melhor organização do que o dono da casa. Em sua batuta, estava Diego Souza, ex-ídolo palmeirense, que fazia boa partida. Uma arrancada sua já quase resultou em gol no início do segundo tempo. Outro cruzamento seu também quase acabou na rede.

Dorival Jr. tentou mudar o cenário com as entradas de Alione, Mouche e Mazinho,, mas lhes faltavam recursos para ameaçar o rival. Só serviu para os palmeirenses vaiarem Felipe Menezes e Wesley. Resultado: o Palmeiras se tornava passível ao domínio do Sport e a tragédia de perder na estreia parecia próxima. Pior, em um jogo decisivo na reta final contra o rebaixamento.

Até que veio o gol de Ananias, o primeiro do estádio, com um chute certeiro no espaço que davam os palmeirensens em seu setor defensivo esquerdo. Depois, foi a vez de o outro lado da defesa errar e permitir que Patric fizesse uma fila antes de chutar para fazer o segundo gol.

Foi a vez de a torcida se irritar de vez. Parte das sociais se virou para ofender Paulo Nobre, e as organizadas gritavam: "Ei, você ai, esquece meu Palmeiras e volta para o rali." Além do estádio, se a torcida quiser ver show no novo estádio, vai ter que esperar por Paul Mccartney. Ao time alviverde resta lutar nas três rodadas finais para evitar a tragédia que seria um rebaixamento no ano que recebe sua nova casa.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.