Cruzeiro supera rivais, desgaste e até gramado para ser bicampeão
Não é fácil ser um time de ponta no futebol brasileiro. Perde-se jogadores para seleção em datas Fifa, joga-se um excesso de partidas na temporada, enfrenta-se um campeonato mais disputado do que os europeus e até falhas de estrutura. Por isso são tão raros os títulos seguidos. Pois o Cruzeiro superou todos esses obstáculos e conquistou o seu bicampeonato brasileiro, sua terceira taça nos pontos corridos.
A partida final foi um retrato dos problemas do futebol brasileiro com um gramado em estado deplorável no Mineirão, em decisão contra o Goiás. Culpa inteira da Minas Arena, administradora do estádio, cuja drenagem não funcionou e deixou verdadeiras piscinas nas laterais do campo.
Cabia ao Cruzeiro achar formas de superar esse cenário. Logo de cara o time mostrou sua variedade de armas ao optar por lançamentos altos na área, bem feitos por meio de jogadas laterais. Foi assim que Maike cruzou para Ricardo Goulart abrir o placar. Desde a sua recuperação de contusão, o time celeste voltou a crescer e ter nele um jogador decisivo. É o melhor do campeonato.
Ao Goiás só restava usar do mesmo expediente da bola aérea. A zaga cruzeirense, como tem acontecido nos últimos jogos, falhou e permitiu que Samuel dominasse na área e empatasse. O erro foi de Léo que saltou errado.
Após o intervalo, o que se via era um Cruzeiro acomodado com o empate que lhe daria o título com a igualdade que ocorria no clássico entre São Paulo e Santos. E poderia até ter tomado uma virada se o juiz Paulo Henrique de Godoy Bezerra tivesse marcado pênalti para o Goiás em mão de Henrique na área. Ressalte-se que a arbitragem também errou contra o time mineiro em dois impedimentos, um deles que deixava Marcelo Moreno na cara do gol.
Enfim, o gol são-paulino, que adiaria a taça, acelerou o jogo cruzeirense. Mais uma vez foi uma jogada da lateral, com Egídio pela esquerda, que permitiu o segundo gol do time celeste. Encontrou no meio da área o baixo Éverton Ribeiro que apenas completou de cabeça para as redes.
Simbólico da campanha do Cruzeiro que seus dois meias tenham sido os autores dos gols decisivos da taça visto que são os principais jogadores do time. A queda de rendimento da equipe no Nacional aconteceu justamente quanto eles estiveram fora por contusão ou por servir a seleção brasileira.
Nada que tivesse sido capaz de parar o Cruzeiro que atinge 76 pontos, já igualando a campanha do ano passado. Fez história o time celeste em 2014 ao emplacar dois campeonatos brilhantes seguidos.
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