Galo faz dois anos espetaculares que mudam sua história
Ao se observar a lista de títulos do Atlético-MG em sua página na internet, há apenas uma taça nacional ou internacional revelante até 2012: o primeiro Campeonato Brasileiro em 1971. Essa história mudou desde 2013. Ao bater o rival Cruzeiro na final da Copa do Brasil, o time alvinegro acumulou dois títulos importantes, com a Libertadores, em apenas dois anos e mudou sua sorte.
Ambas as conquistas ocorreram de forma espetacular, com viradas consideradas impossíveis, e uma atitude para jogar mata-mata pouco vista em qualquer outra agremiação. A ponto de conseguir amassar Corinthians e Flamengo, a ponto de se impor fisicamente, taticamente e tecnicamente sobre o tradicional adversário de Minas.
Foi assim na segunda partida da decisão no Mineirão. Diante de um estádio com espaços vazios no meio, fruto da ganância de cartolas do Cruzeiro, o Galo se impôs desde o início do jogo.
Para um time que tinha vantagem de dois gols, o time atleticano tinha uma estratégia corajosa de marcar à frente, pressionando zagueiros e volantes. Como Marcelo Oliveira errou ao escalar Newton, de passe ruim, eram vários os erros e as retomadas de bola do time avinagro.
Com a bola no pé, Diego Tardelli e Luan superavam com facilidade seus rivais na velocidade. Nos cruzamentos, a zaga do Cruzeiro voltava a errar, como no domingo, e também permitia conclusões a gol livres. Tardeli, Dátolo e Marcos Rocha perderam gols diante de Fábio.
Até que no final do primeiro, enfim, justiça. Em um cruzamento na área, a zaga dormiu de novo e Tardelli completou de cabeça para abrir o placar. A pasmaceira era tanta que dois cruzeirenses davam condição legal ao atleticano sendo um deles Marcelo Moreno que levantou lentamente após queda. Ressalte-se que a falta de atitude também tinha haver com um desgaste físico do time azul, que jogou no final de semana para ganhar o Brasileiro.
Restava aos torcedores do time celeste no estádio ouvir os cerca de 2 mil rivais que foram ao estádios cantar e provocar. Era um martírio para a maioria azul.
O que se esperava no segundo tempo era disposição já que uma virada com quatro gols seria feito ainda maior do que o do Atlético-MG nas quartas-de-final e da semifinal. Não aconteceu. O time errava nos passes e quase não chutava a gol. "Sem alma não se chupa nem um chicabon", dizia Nelson Rodrigues. Quanto mais virar uma final contra um rival.
O próprio técnico atleticano Levir Culpi, que deu aula de clarividência nesta campanha da Copa do Brasil, reconheceu que a alma pesou na vitória do Galo. Com a vantagem, o time alvinegro restava administrar a enorme vantagem, esperar, tocar a bola de lado quando a tinha. E o time quase não foi incomodado até o apito que lhe deu o título. Só as torcidas que cantavam e trocavam provocações do lado de fora.
O Galo ganhou a maior final da Copa do Brasil. Conquistou o título com a campanha mais espetacular da história da competição ao bater Palmeiras, Corinthians, Flamengo e Cruzeiro, todos times de tradição, dois deles vencidos com viradas incríveis.
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