Inter depende de investidor para ter Guerrero, mas não desiste
As declarações públicas dos agentes de Paolo Guerrero de que não jogaria em outro time do Brasil além do Corinthians não acabaram com as esperanças do Internacional de contar com o atacante. Mas há dois fatores decisivos para o time voltar a tentar o jogador: a disposição de investidores em botar dinheiro na negociação e a vontade do novo presidente Vitório Píffero.
Nesta sábado, Marcelo Medeiros e Píffero disputaram a presidência do clube. Candidato de situação derrotado, Medeiros foi quem iniciou as conversas para contratar o atacante. Sua corrente sabe que a negociação é complicada, mas o nome dele faz parte de um pacote de reforços da Libertadores. A pretensão foi vazada em meio à disputa eleitoral, o que gerou críticas da oposição.
"Foi um dos melhores do último Brasileiro. Estamos tentando ver a viabilidade (Guerrero), mas sabemos que é difícil", contou o diretor de futebol colorado Eduardo Lacher, que diz que nada foi fechado antes da eleição. Questionado se os agentes deram uma negativa ao Inter, ele se recusou a falar: "As conversas são sigilosas."
Mas o pleito não era o único obstáculo. O Inter procurou o grupo DIS, cujo dono Delcir Sonda é torcedor do colorado, para obter dinheiro para o pacote de reforços. O blog apurou que a proposta do clube colorado é ceder parte dos direitos de oito atletas para ter recursos para investir em novos reforços. Lacher disse não ter ouvido falar dessa possibilidade.
De qualquer maneira, todos os fundos estão receosos de investir mais com o veto da Fifa de terceiros terem direitos sobre os jogadores. Há uma expectativa de o tema ser regulado no próximo ano com a proibição de novos negócios. Neste cenário, surge uma incerteza sobre a remuneração dos fundos que colocarem recursos agora em atletas.
Pelo carinho de Sonda pelo Inter, ainda há a possibilidade de o fundo se arriscar. A relação do DIS com Vitório Píffero também é boa pois fizeram negócios quando ele era presidente. Resta saber se ele também se interessará por Guerrero – o blog não conseguiu falar com o cartola.
A realidade é que, sem o fundo, o clube gaúcho não tem condições de bancar sozinho o pacote de reforços, nem Guerrero, cuja pedida para o Corinthians é de US$ 7 milhões de luvas. Para se ter uma ideia, o último balancete colorado, de junho de 2014, registrava uma dívida de quase R$ 100 milhões por negociações de jogadores.
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