Em 2015, Palmeiras aproxima-se de Corinthians em renda após abismo de 2014

Não há dúvidas: Palmeiras e Corinthians viveram em realidades financeiras distintas durante a temporada de 2014. Mas esse buraco entre os rivais paulistas se tornou bem menor para 2015 e os números indicam quase um equilíbrio entre as equipes sob o ponto de vista de dinheiro para a próxima temporada.

Vamos aos números. Até outubro deste ano, o clube de Parque São Jorge gastou R$ 53 milhões a mais no total do departamento de futebol em relação à equipe alviverde. A despesa do time alvinegro ficou em R$ 209 milhões, e a do adversário em R$ 156 milhões considerando todos os esportes inclusive o futebol. Em relação à receita total, o Corinthians ganhou R$ 221 milhões, e o Palmeiras, R$ 168 milhões.

Para 2015, os orçamentos das duas agremiações são parecidos em relação às rendas. O Corinthians cravou em R$ 234 milhões a previsão de sua receita total, e o Palmeiras em um valor de cerca de R$ 230 milhões. Ressalva: os alvinegros costumam fazer estimativas conservadoras, mas neste último ano está difícil atingir até este patamar mais baixo.

Enquanto isso, o clube alviverde só considerou em seu orçamento receitas de bilheteria com a Arena Palmeiras. E o clube tem direito a 5% de outras rendas, fora recursos de aluguéis por shows que representam percentuais maiores. Ou seja, pode aumentar a receita prevista.

"Vamos superar a receita deste último ano. Haverá um maior investimento em futebol que está previsto", afirmou o presidente do Conselho de Orientação Fiscal do Palmeiras, Alberto Strufaldi. "A partir de abril, devemos receber receitas que não tínhamos antes porque estavam antecipadas como as de TV. A diretoria ainda está correndo atrás de patrocínio."

Mesmo se não fechar um contrato de parceiro master para a camisa, o que parece improvável nesta época do ano, o Palmeiras tem previsão de uma receita pelo menos similar ao rival.

Resta saber quanto cada um está disposto a gastar além do que tem: o Corinthians já deixou claro com a contratação de Dudu que vai abrir o cofre apesar da situação financeira difícil. A diretoria alviverde se mostra mais responsável financeiramente. É preciso lembrar que a dívida palmeirense é maior que a corintiana, claro, se for desconsiderado o enorme débito de cerca de R$ 750 milhões pela construção do Itaquerão.

Ambos tiveram déficits em 2014 com gastos maiores do que as receitas. O Palmeiras fechou o caixa com os empréstimos do seu presidente Paulo Nobre, que vão começar a ser pagos em 2015. E a agremiação alvinegra gastou sem se importar com o orçamento previsto para o ano.