Crise política no Senado afeta atuação do governo na Olimpíada
A crise política no Senado afeta a atuação do governo federal na Olimpíada Rio-2016. Há mais de um mês a APO (Autoridade Pública Olímpica), que deveria coordenar todas as obras, está sem comando e a presidência não manda um nome de substituto com medo de que seja rejeitado pelos senadores. O escolhido é Edinho Silva, deputado estadual pelo PT e tesoureiro de campanha da presidente Dilma Rousseff.
O general Fernando Bezerra da Silva foi exonerado no início de fevereiro da presidência da APO. Ele já vinha sendo alijado das principais decisões sobre as obras olímpicas. Representantes do Ministério da Fazenda, da Casa Civil e até do Ministério do Esporte negociavam diretamente com o Comitê Rio-2016.
A expectativa, no entanto, é que a nomeação de um novo comandante da APO pudesse reativar o plano de fundamentar um legado da Olimpíada. É necessário estruturar uma política para uso posterior dos equipamentos, integração dos investimentos no esporte olímpico, e políticas públicas esportivas.
O problema é que, no cenário atual, o governo federal tem certeza de que o Senado poderá retaliar com a rejeição do novo comandante da APO na sabatina pela qual ele tem de passar. Afinal, o presidente do Senado, Renan Calheiros, já atuou contra o governo em temas ainda mais importantes como medidas de ajustes fiscais.
Edinho Silva chegou a conversar com políticos para abrir caminho no Senado. Mas, no momento, o cenário no Senado é de insegurança e por isso as partes do governo não querem arriscar.
Sem um comandante da autoridade pública olímpica, a tendência é o governo federal continuar a se relacionar com o Rio-2016 de forma descentralizada com os vários ministérios. Já a questão do legado esportivo olímpico ficará às traças por enquanto.
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