Morumbi perde um terço da sua renda em meio a projetos de reformas
Enquanto está emperrado o projeto de reforma, o São Paulo teve uma queda acentuada de suas receitas no Morumbi. Em três anos, houve uma perda de um terço da arrecadação, ou R$ 14 milhões. Isso ocorreu justamente no período em que os rivais Corinthians e Palmeiras construíram seus novos estádios.
Há pouco tempo o Morumbi era o orgulho dos são-paulinos. As receitas do estádio, excluídas bilheterias, tinham sido multiplicadas no período de uma década até atingirem R$ 41,4 milhões em 2011. Foi aí que os valores começaram a cair até fecharem em R$ 27,7 milhões em 2014, segundo o balanço do clube. O projeto de reforma do estádio teve relação com essa redução.
"Em função da perspectiva de que haveria a reforma, não foram renovados contratos de camarotes. Não haveria sentido em renovar contratos porque depois seria muito mais difícil romper", explicou o diretor de marketing são-paulino, Ruy Barbosa.
A taxa de ocupação de camarotes que chegou a 100% agora está em 40%. O clube ganhou R$ 12 milhões com camarotes em 2014, quase R$ 8 milhões a menos do que há três anos. Mas também houve significativa queda na receita de aluguéis para shows, de R$ 11,8 milhões para R$ 5,6 milhões.
"Teve uma época boa para shows. Mas o mercado brasileiro está ruim. Nem tem relação com o estádio do Palmeiras porque só começou a funcionar no final do ano passado", contou Ruy Barbosa.
Mas ele admite que a queda de arrecadação torna mais urgente a reforma do Morumbi. Como mostrado pelo UOL Esporte, o presidente Carlos Miguel Aidar pretende apresentar até junho o projeto para o Conselho Deliberativo, já com investidores e construtora definidos.
Em relação à bilheteria no Morumbi, o número tem variado entre R$ 18 milhões e 25 milhões nos últimos quatro anos, dependendo da campanha. Um patamar bem mais baixo do que times como Flamengo e Corinthians que levam em torno de R$ 40 milhões por ano – os corintianos não ficam com o dinheiro. E certamente será menor do que o Palmeiras no Allianz Parque.
Bom, pelo menos nesta noite de quarta-feira pela Libertadores, o clube tem uma perspectiva de uma renda acima de R$ 3 milhões com mais de 50 mil ingressos vendidos diante do Cruzeiro. A diretoria são-paulina, no entanto, sabe que essa situação é uma exceção.
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