Qual é o melhor time brasileiro desta semana?
As estreias dos times brasileiros no mata-mata da Libertadores derrubaram verdades construídas por nós jornalistas e por torcedores nos últimos meses: o Corinthians é o melhor time do Brasil, o São Paulo estava morto e sem forma de jogar, esse técnico Diego Aguirre terá dificuldades para construir um Inter. E o que ficou no lugar?
Sejamos honestos, é precipitada qualquer análise que aponte um time como o melhor do país no momento (este blog errou também), ou favorito à Libertadores ou ao Brasileiro. A diferença entre essas cinco equipes que representam a elite do futebol nacional não é tão grande que justifique afirmações definitivas – até os seus mais próximos perseguidores não estão tão longe assim.
Então, só podemos analisar qual o melhor time da última quarta-feira. O Internacional apresenta-se como candidato em ascensão pela atuação segura diante do Atlético-MG no Independência. Mas, ao se verificar os números da partida da Conmebol, percebe-se que o Galo concluiu o dobro de vezes a gol e que teve mais posse de bola.
Ora, os dados frios não mostram tudo que se passou em uma partida. Fato é que o time colorado soube controlar um adversário difícil fora de casa, e mostrou ter um elenco para além de um time de futebol – afinal, não tinha Nilmar em campo. O que se soma às boas atuações recentes. Não é o suficiente, no entanto, para destacá-lo dos demais.
Mesmo raciocínio se aplica à partida do Morumbi. Não há dúvidas sobre a superioridade são-paulina ali. Foi o time brasileiro que mais concluiu a gol com 19 arremates, o triplo dos cruzeirenses. Conseguiu mais posse de bola e passes.
Só que o time mineiro está em armação e, ainda assim, foi capaz de se mostrar bem postado e de confirmar o potencial de jogadores como Arrascaeta, bem vaga-lume no momento, e a certeza de ter o bom técnico Marcelo Oliveira. Sabe-se lá o que será capaz no Mineirão?
O Corinthians, antes laureado, se apresenta como a maior incógnita. Deu apenas 10 chutes a gol, quase todos no final do jogo quando já perdia, e foi dominado por um Guaraní ajustado que arrematou 12 vezes ao gol, sempre com mais perigo. Por incrível que pareça, dominou a posse de bola, embora de maneira estéril.
Essa postura frágil, no entanto, dificilmente se repetirá em sua casa com a torcida ao lado, e após sabe se lá quantas palestras e broncas de Tite. Os jogadores são os mesmos elogiados há um mês. Há um problema de atrasos de salários, mas ainda não está claro o quanto afeta o time. Não será surpresa que a equipe volte ao ritmo anterior no jogo de volta e se classifique.
Aliás, após três meses de temporada, é difícil classificar os times como surpresas e favoritos no futebol nacional que só costuma descobrir sua realidade durante o Brasileiro.
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