Empresa investigada no caso Fifa comercializa amistoso da seleção
Uma das empresas investigadas pelas autoridades dos EUA, a Klefer atua na comercialização do amistoso da seleção brasileira com o México, neste domingo, no Allianz Parque. Esse é só um dos muitos contratos da companhia com a CBF que inclui jogos, competições e até patrocínio de árbitro.
Documento do Departamento de Justiça mostra que a Traffic e uma empresa não denominada pagaram propinas para José Maria Marin, Ricardo Teixeira e outro dirigente da CBF para obter direitos comerciais sobre a Copa do Brasil. Quem atua na exploração da competição com a Traffic é a Klefer, de propriedade de Kléber Leite, ex-presidente do Flamengo e amigo de Teixeira.
Posteriormente, a Polícia Federal fez uma busca na sede da Klefer a pedido de autoridades americanas. À tv, Leite negou irregularidades e atribuiu as suspeitas a acusações infundadas de Hawilla.
A organização do amistoso Brasil e México está a cargo da AEG e da Pitch Internacional, que contrataram a empresa EA para realizar o amistoso. Mas o blog apurou que a Klefer atua na venda de espaços publicitários. Diretores da Klefer, Kléber Leite e seu filho Eduardo Leite foram procurados, mas não retornaram ligações.
A diretoria da CBF alega que são contratos antigos que dão direitos comerciais da confederação à Klefer."Contrato de amistosos é antigo. Klefer é responsável no Brasil. Acusado não é condenado", afirmou o secretário da confederação, Walter Feldman.
Em seu site, a empresa de Kléber Leite afirma ter também os direitos sobre os jogos da seleção para as eliminatórias da Copa do Mundo, superclássicos das Américas, e placas de publicidade no Brasileiro em parceria com a Globo. Além disso, vende patrocínios para as camisas dos árbitros do Nacional, e realiza campos de treinamento em parceria com a CBF.
Até agora a confederação não rompeu nem o contrato da Copa do Brasil que foi obtido por meio de pagamento de propina segundo a investigação dos EUA. A entidade afirmou que analisa os acordos.
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