Flamengo enfrentará racha político na luta contra a Série B
Na zona de rebaixamento, o Flamengo terá um complicador na sua campanha no Brasileiro: o racha na situação em relação à eleição no final de ano. Grupos da diretoria se articulam e há a possibilidade de três candidatos de correntes que compõem o conselho diretor. Fora isso, o clube ainda enfrenta um cenário financeiro apertado em 2015.
A corrente majoritária da diretoria trabalha pela candidatura à reeleição do presidente Eduardo Bandeira de Mello (foto). O grupo liderado por Márcio Braga, que o apoiou na última eleição, anunciou que pretende ter postulante próprio. E há uma outra via liderada por Luis Eduardo Baptista, o Bap, que estuda terceiro nome. Todos têm membros no Conselho Diretor.
"Vamos trabalhar para que não afete o clube. É cedo ainda para ter os candidatos. Não discuti a candidatura ainda exatamente por isso. Poderia deixar para mais tarde", disse o presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello.
O dirigente foi surpreendido com a decisão do grupo Garden, liderado por Márcio Braga, de lançar sua concorrente. O provável candidato é Adalberto Ribeiro, vice-presidente de Gabinete da Presidência. "O grupo tem posição de ter candidatura própria", disse Adalberto, que alterna elogios e críticas à atual administração. Na diretoria, Walter D´Agostino e Gerson Biscotto também são do grupo.
"(A gestão) tem uma mérito extraordinário na parte administrativa. Mas no futebol é lamentável", explicou, lembrando a má posição na tabela. "Falta gente do ramo. Contratou 40 jogadores. Nomeou e desnomeou vice-presidente. Foram três diretores de futebol, sete técnicos. Não é razoável."
Apontado no clube como aliado de Bap, o vice de Patrimônio, Wallim Vasconcelos, tem um discurso mais ameno. "A ideia é que o grupo tivesse um nome só e continue junto para os próximos três anos. Todo mundo tem possibilidades (de serem candidatos)", disse ele, que não descarta uma candidatura sua. "As pessoas têm direito de se candidatar. O importante é que não haverá aquela baixaria de antes."
Na corrente Só Fla, da qual Bandeira faz parte, há a certeza de que o grupo ligado a Bap não vai aceitar a candidatura de Bandeira de Mello. Como é provável que o nome do presidente seja confirmado para a eleição, Bap e seus aliados articulariam outro postulante.
A esse cenário político dividido, há o fato de o Flamengo estar com as receitas abaixo do esperado até o meio do ano por causa da bilheteria e sócio-torcedor longe da meta. Para cumprir o orçamento, o clube deve ter que fazer empréstimos como já estava previsto no planejamento para 2015.
Houve ainda uma demanda judicial relacionada ao jogador Igor, do Rio Branco, que afetou recursos rubro-negros ao obrigar um acordo para pagar R$ 2,5 milhões. A ação era relativa à dívida de dez anos atrás. Bandeira de Mello reconheceu que, após Guerrero e Sheik, novos reforços só se for obtida nova fonte de renda. Enfim, é em meio à polítia e ao dinheiro justo que a diretoria rubro-negra vai se equilibrar para fugir da zona da degola.
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