Topo

Rodrigo Mattos

Para Fla, Guerrero faz papel de estádio novo: aumenta público e sócios

rodrigomattos

16/08/2015 06h00

paolo-guerrero-observa-o-tecnico-cristovao-borges-durante-treinamento-do-flamengo-1437850922954_615x300

Adversários neste domingo, Palmeiras e Flamengo têm as maiores médias de públicos do Brasileiro-2015. Só que há motivos bem diferentes. Líderes no ranking, os palmeirenses têm no Allianz Parque seu trunfo. Já os rubro-negros viram a torcida e sócios explodirem após a chegada do atacante Paolo Guerrero.

A média de público do Flamengo é de 29.560 pagantes. Nos jogos sem o centroavante, esse número ficou em 25.052. Com ele em campo, houve crescimento de 91% com 48.033 de média nas duas partidas. Desde o anúncio da sua contratação, os sócios-torcedores saltaram de cerca de 50 mil para 68 mil.

"A primeira questão da chegada dele foi de auto-estima por tirar o ídolo do maior rival no cenário nacional Corinthians. Isso é um ganho intangível", analisou o vice de marketing do Flamengo, José Rodrigo Sabino. "Houve uma melhora no Sócio-torcedor por ter um ídolo, principalmente porque ele chegou e resolveu em campo."

O impacto na bilheteria deve-se à estreia do atacante e à melhoria que ele representou para a equipe com vitórias, avaliou o dirigente. Segundo Sabino, o resultado positivo em um jogo é o que representa maior impacto na bilheteria.

Outro efeito foi na venda de camisa, embora esse ainda não possa ser medido. Sabino disse que, em certas lojas, já está em falta a letra R para grafar na camisa rubro-negra já que esta aparece três vezes no nome do jogador.

Só que Guerrero não foi barato: sua contratação custou entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões, somadas luvas e salários por três anos. Não há um valor confirmado oficialmente. As receitas geradas são suficientes para bancar esse custo?

"Ainda não dá para avaliar quanto vai gerar. Demos uma visibilidade enorme para nossos patrocinadores que é muito importante. Temos que dar esse retorno a eles", analisou Sabino.

Certo é que, sem estádio próprio, o Flamengo fez do atacante peruano uma alavanca similar – em menores proporções, claro – a do Palmeiras com o Allianz Parque. Obviamente, com um estádio, a diretoria alviverde obteve efeitos maiores com a liderança de média de público (33 mil) e a segunda posição no ranking de sócios-torcedores. Com Guerrero e no estádio palmeirense, os ingressos foram todos vendidos.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.