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Rodrigo Mattos

Presidente do Atlético-PR vê poder de SP na arbitragem. CBF indica evolução

rodrigomattos

17/08/2015 13h43

Os erros de arbitragem no final de semana provocaram protestos já de três clubes grandes: Atlético-MG, Atlético-PR e Flamengo. Na crítica mais contundente, o presidente do Furacão, Mario Celso Petraglia, disse ver um poder extracampo dos times paulistas em relação aos árbitros. O Fla pediu imparcialidade. O Galo quer profissionalização dos juízes.

"Difícil vencer o poder extracampo dos paulinas! Em vários jogos formos prejudicados pela arbitragem! Nossa constatação é clara e não choro!", afirmou Petraglia, no twitter, no domingo, após jogo contra o Santos em que foi marcado um pênalti contra seu time em mão na bola. Em contato com o blog, ele confirmou o teor das críticas. "Foi um desabafo emocional após o jogo."

No twitter, Petraglia ainda afirmou que na rodada tudo conspirou a favor da liderança do Corinthians. E disse clubes que ousam se expor e "se colocar contra o sistema pagam caro". Citou os erros contra o Flamengo, que se posicionou a favor da MP do Futebol, que tem resistência da CBF. O Furacão luta por uma formação da Liga Sul-Minas.

Nesta segunda-feira, o clube rubro-negro do Rio soltou uma nota com críticas aos juízes em que conta seguidos erros contra o clube. Ao final, pede imparcialidade da confederação. "Voto com o relator", disse Petraglia sobre a nota.

O diretor do Galo, Eduardo Maluf, também fez duras críticas à condução da CBF da arbitragem, embora não veja implicações políticas. "Interferiu de forma considerável na tabela nas últimas cinco rodadas. Não pode acontecer", analisou sobre os erros contra o Atlético-MG contra a Chapecoense.

"Não vejo que exista complô (na arbitragem). Mas a CBF passa escândalo atrás de escândalo e o Marco Polo tem que dar uma guinada na administração. Não dá para ter as mesmas pessoas que estavam na gestão de Marin. Tem que passar por uma reformulação", defendeu Maluf.

Ele citou que Sérgio Corrêa, presidente da comissão de arbitragem, já teve passagens anteriores na confederação em meio a escândalos. O Galo, como o Flamengo, fará representação na confederação em relação aos árbitros. Mas os rubro-negros afirmam não ser m movimento articulado.

Questionada sobre as críticas dos clubes aos juízes, a CBF deu uma resposta genérica em que aponta evolução da arbitragem:

"Os árbitros passam por cursos, provas e seminários e recebem orientações que buscam a redução dos erros. A Comissão de Arbitragem da CBF trabalha para melhorar o espetáculo para os torcedores e os números mostram que isso está acontecendo. Em 2014, ao término do primeiro turno (190 jogos), a média de bola em jogo era de 52 minutos e 09 segundos. Em 2015, subiu para 55 minutos. No total, são 541 minutos a mais de bola rolando este ano. O campeonato de 2015 já soma 32 partidas com tempo de bola rolando acima de uma hora contra dez jogos no mesmo período do ano passado. Destaque especial para o jogo Atlético-PR 1 x 0 Atlético-MG, realizado na 3ª rodada, que alcançou incríveis 69 minutos e 54 segundos de bola em jogo."

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.