Topo

Rodrigo Mattos

Na frente, Corinthians e Galo destoam ao manter base no Brasileiro

rodrigomattos

24/08/2015 06h00

Nas duas primeiras posições no Brasileiro, Atlético-MG e Corinthians têm uma característica similar: mudaram pouco seus elencos durante o campeonato. É o que fica demonstrado pelas escalações das duas equipes na primeira rodada do segundo turno, que inclui só jogadores já contratados antes da competição. Outros times têm formações bem modificadas.

Ressalte-se que o líder Corinthians perdeu seus dois atacantes Emerson Sheik e Guerrero, que foram para o Flamengo. Apesar disso, contra o Cruzeiro, o técnico Tite utilizou 14 jogadores que já estavam por lá no início do Nacional. A formação só não é parecida com a da primeira rodada porque naquela ocasião foram escalados reservas por conta da Libertadores.

Algo similar ocorre no Galo. Dos 14 jogadores usados pelo técnico Levir Culpi contra o Palmeiras, todos foram contratados antes do Brasileiro. De novo, a escalação só não é parecia com a da primeira rodada porque o Atlético-MG poupou atletas para o torneio continental.

Terceiro colocado, o Grêmio segue política similar. Diante da Ponte Preta, foram 14 atletas que já estava no clube no início do Brasileiro. Mas o time gaúcho trocou o treinador Luiz Felipe Scolari por Roger durante o campeonato.

O blog levantou os dados de elencos de outras três grandes equipes para fazer comparações. Flamengo e São Paulo enfrentaram-se com grupos bem modificados em relação ao início do campeonato. Na 13a posição, rubro-negros tinham um setor ofensivo inteiro novo, Ederson, Allan Patrick, Guerrero e Sheik, contratados no Brasileiro.

Já o São Paulo, em sexto, sofreu um desmanche que ameaça a permanência do técnico Juan Carlos Osório. Da equipe que estreou no Brasileiro, quatro atletas foram vendidos: Paulo Miranda, Dória, Souza e Boschilia.

Lanterna, o Vasco teve, como o Flamengo, um setor inteiro ofensivo contratado durante o Nacional na derrota contra o Goiás. Era composto por Riascos, Nenê, Herrera e Jorge Henrique. A lição do Brasileiro até agora é que, para disputar de fato o título do Brasileiro, é preciso montar a base do elenco antes do campeonato.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.