Disparada? Equilíbrio entre Corinthians e Galo repete padrão do Brasileiro
Os dois anos de domínio do Cruzeiro nos deram a falsa impressão de que o Brasileiro de pontos corridos é decidido no meio do segundo turno com a disparada de um time. Foi o que se pensou quando o Corinthians abriu sete pontos sobre o Atlético-MG: acabou o campeonato. Mas não é esse o padrão visto na maioria dos Nacionais onde a tendência é o equilíbrio pela liderança.
Com as duas rodadas recentes, o Galo tirou quatro pontos de vantagem e ficou a três do líder. Neste estágio do campeonato, 24a rodada, só a equipe cruzeirense nos dois últimos anos e o São Paulo, de 2007, já tinham arrancado com diferenças significativas e foram até o final.
Em todas as outras seis edições, havia vantagens de seis pontos para baixo. Tanto que em quatro desses Brasileiros o líder perdeu o título para o segundo colocado ou para outros que estavam atrás.
É certo que a oscilação do Corinthians ocorreu em dois confrontos fortes -o clássico contra o Palmeiras e o jogo contra o forte Grêmio. Além disso, o time sofreu com vários desfalques como Elias, Gil, Uendel, Fágner, entre outros, seja por contusão ou por servir a seleção. Mas outras equipes tiveram problemas parecidos nas partidas recentes.
A próxima rodada é favorável aos corintianos com um jogo mais fácil contra o Joinville enquanto o Galo tem o clássico diante do Cruzeiro. Certo é que, com times em níveis parecidos, a tendência é que os dois se mantenham próximos até os jogos finais. E até o Grêmio, muito bem armado por Roger Machado e no mesmo padrão dos outros dois, tem chance real de título se encaixar uma arrancada.
Enfim, o Brasileiro está aberto como esteve na maior parte de suas edições. Por aqui, o equilíbrio é a marca dos pontos corridos, e não as disparadas.
PS Não vou tocar no tema arbitragem e seus efeitos na tabela neste texto, após tratar dele várias vezes, agradecido com o fato de a quarta-feira ter passado incólume de erros graves.
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