CBF recua de aval à Sul-Minas e Liga rompe com entidade: 'Casa do 7 a 1'
Em reunião na tarde desta segunda-feira (19), a CBF recuou da sua chancela à Liga Sul-Minas e defendeu que o torneio só poderia sair com aprovação de assembleia de geral, reunindo federações e times. Os clubes participantes não aceitaram e romperam com a confederação: farão o torneio sozinhos sem aval.
A mudança de posição da CBF ocorreu depois de uma pressão da Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) sobre o presidente da confederação Marco Polo Del Nero. A entidade mandou ofício na semana passada para alegar que a competição é ilegal por ferir o estatuto da entidade, e argumenta que há prejuízo aos Estaduais. Com isso, a confederação marcou para terça-feira uma assembleia só com federações para decidir o assunto.
"Tiraram o apoio. Esse Rubens Lopes (presidente da Ferj) deve ter alguma coisa lá dentro. Não temos mais nada com essa casa do 7 a 1", disse o executivo da liga, Alexandre Kalil, em referência à goleada de 7 a 1 sofrida pela seleção diante da Alemanha, na Copa-2014. "Consultei todos os clubes e eles disseram para não aceitar essa história de assembleia."
"Para a gente homologar a Sul-Minas, temos que seguir o estatuto e o regulamento de competições", comentou o secretário-geral da CBF, Walter Feldman. "Houve uma demanda da federação do Rio ressaltando artigo do estatuto que prevê que a CBF não pode aprovar, só a assembleia. Presidente convocou uma assembleia para terça-feira. Ele colocará na assembleia que é a favor da liga."
Del Nero não apareceu na reunião. Mandou o diretor financeiro da CBF, Rogério Caboclo, Feldman, e Carlos Eugênio Lopes, Jurídico, que comunicou a necessidade de uma aprovação de todos os clubes e de federações para o torneio.
Com o recuo, a intenção é modificar o formato da liga. Inicialmente, teria cinco datas para preservar os Estaduais. Agora, a tabela pode mudar e se expandir tomando datas dos regionais, segundo Kalil, que já rechaça um acordo.
"Ele (Kalil) foi impaciente. Entendemos que ainda há espaço para negociação", disse Feldman, que explicou o recuo. "Não podíamos homologar sem aprovação porque poderia sofrer ação judicial."
Nem todos os clubes foram consultados ainda: o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, é dos que ainda não falou com Kalil. Haverá uma reunião dos times na sexta-feira para definir discutir a questão. Mas a maioria dos clubes tinha manifestado que disputaria o torneio mesmo sem aval da confederação.
O executivo rechaçou represálias da CBF aos clubes: a entidade poderia desfilia-los. "Não vão ameaçar clubes como Atlético-MG, Internacional, Flamengo…", disse Kalil.
Desde o início, a CBF está pressionada pelos dois lados e tenta fazer uma composição. Tanto que o blog apurou que representantes da entidade foram a Ferj para tentar mediar um acordo com o Flamengo, mas não conseguiram.
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